Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Com a Palavra Por Blog Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

O que a pandemia nos ensinou sobre a telemedicina?

A Covid-19 está mudando a forma de se consultar com o médico e outros profissionais. Gestor faz um balanço do que deve ficar e crescer após a pandemia

Por Emilio Puschmann, CEO de startup de saúde*
Atualizado em 5 ago 2020, 18h08 - Publicado em 3 ago 2020, 16h16
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A pandemia causada pelo coronavírus fez pessoas, empresas e profissionais repensarem como continuar com seus negócios em um novo modelo ou até mesmo como se reinventar em meio ao cenário atual. Esse desafio pegou o mundo de surpresa, todas as áreas e setores da economia. Todos tiveram que agir rápido, com ou sem planejamento.

    Publicidade

    Não seria diferente com a área da saúde. Diante de um cenário complexo provocado por uma pandemia, as mobilizações e transformações se fizeram mais do que necessárias. Tornaram-se urgentes. Em meio ao contexto incerto em que tudo começou, a telemedicina, que há muitos anos batalha para ser regulamentada no Brasil, voltou a ser notada.

    Publicidade

    O Ministério da Saúde liberou, em caráter de exceção, uma portaria que autorizou o atendimento médico por telemedicina e as teleconsultas, telediagnósticos e teletriagens passaram a ser permitidas. A partir de então, o mercado precisou evoluir rapidamente e se estabelecer da noite para o dia para, enfim, chegar a quem de fato importava, o paciente.

    A Covid-19 acelerou os investimentos em telemedicina no mundo todo. Na França, o número de teleconsultas subiu de 10 mil por semana em março para mais de 1 milhão na segunda semana de abril. Nos Estado Unidos, várias restrições sobre a prática foram suspensas. No Reino Unido, em poucas semanas, a maior parte das mais de 1 milhão de consultas diárias para tratamentos básicos aconteceu a distância. Na China, ela evitou o colapso do sistema de saúde durante a pandemia.

    Publicidade

    Com toda essa mudança repentina, as empresas de saúde encontraram o desafio de transformar a inovação em algo muito prático para o dia a dia das pessoas e de educar todos os envolvidos sobre o uso dessa ferramenta, desde os profissionais que passaram a atuar via telemedicina até os pacientes de diferentes idades e perfis.

    Continua após a publicidade

    A procura pelo atendimento a distância, por telefone ou pela internet, cresceu consideravelmente durante a quarentena. Não apenas para tirar dúvidas relacionadas ao coronavírus mas também para o acompanhamento de outras doenças, pacientes crônicos, gestantes e até no auxílio de outros profissionais de saúde. Afinal, nesses e em outros casos, o cuidado não poderia esperar.

    Publicidade

    Na Amparo Saúde, por exemplo, nos adaptamos rapidamente a esse cenário e, logo no início da pandemia, disponibilizamos uma plataforma robusta, prática e segura para atender os mais de 1 milhão de pacientes sob nossos cuidados, além de médicos e operadoras. O número de teleconsultas realizadas não para de crescer. Já foram realizados mais de 40 mil atendimentos online desde a segunda quinzena de março.

    Hoje, na startup, a atenção primária em saúde com cuidado coordenado por meio da teleconsulta representa 85% do movimento e há capacidade para 28 mil teleatendimentos por mês. Aqui é importante destacar que o atendimento primário é capaz de resolver 90% das queixas dos pacientes, e ele também se aplica à telemedicina.

    Publicidade

    Entre as principais queixas hoje nas teleconsultas estão alergias, infecções respiratórias, febre, fadiga, suspeita ou confirmação de Covid-19, além de avaliações completas da saúde com solicitações de exames.

    A liberação da telemedicina também reaqueceu a discussão sobre a relevância do prontuário eletrônico. Ele armazena em um único lugar de forma ágil, fácil e segura os dados do paciente, as questões específicas de saúde, exames realizados e seus resultados, medicamentos prescritos… E, nestes novos tempos, pode ser uma ferramenta para envio de receitas e atestados e encaminhamento do paciente para o consultório virtual. Por isso, inclusive, desenvolvemos o primeiro prontuário eletrônico pensado para atenção primária no país.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    A população já aceitou e já aderiu à telemedicina. Acredito que sim, ela veio para ficar. Digo isso pois o modelo de atendimento online é essencial não apenas na pandemia para evitar idas desnecessárias a clínicas e hospitais mas também porque permite guiar o paciente de maneira assertiva, rápida e prática.

    A atenção primária aliada à telemedicina já está mudando a saúde no Brasil. E, no conforto e na segurança dos seus lares, os brasileiros estão (re)aprendendo como se cuidar. Com atendimento de qualidade a distância, conseguimos focar no paciente e otimizar os custos para todos os envolvidos. Estamos só começando!

    * Emilio Puschmann é fundador e CEO da Amparo Saúde e membro efetivo da Entrepreneurs’ Organization

     

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.