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O câncer na infância e na adolescência: vitórias e desafios

Os tumores que atingem crianças e jovens infelizmente não têm prevenção. Por outro lado, o tratamento melhorou bastante, como mostra um oncologista

Por Sérgio Petrilli, oncologista*
Atualizado em 19 jul 2019, 10h04 - Publicado em 19 jul 2019, 10h04

A incidência baixa do câncer infantojuvenil – ele afeta 16 em cada 100 mil crianças e adolescentes, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) – e a semelhança de alguns de seus sintomas (dores de cabeça, inchaço na barriga, febres e manchas pelo corpo…) com os de doenças como infecções virais e bacterianas estão entre os motivos que ainda dificultam seu diagnóstico precoce. Não é necessário fazer alarde sobre esses sinais, mas lembrar que o acompanhamento com o pediatra é essencial para levantar a suspeita e, assim, identificar o problema e começar o tratamento quanto antes.

Ainda que represente apenas 3% dos tumores em geral, o câncer na infância e na adolescência é a principal causa de morte entre 1 e 19 anos de idade. Diferentemente do que acontece em adultos, não existem formas de preveni-lo.

Felizmente, porém, tivemos grandes avanços no tratamento e nas chances de cura. As conquistas da medicina nos últimos anos, que vêm na esteira de investimentos em pesquisa, ensino e capacitação de profissionais na área, possibilitaram melhoria significativa nas perspectivas para quem tem a doença.

Uma vez que se faz a detecção, alguns fatores influenciam na probabilidade de chegar à cura: dispor de boas condições de tratamento, que deve ter início imediato, o refinamento dos exames e uma equipe multiprofissional dedicada (médico, psicólogo, nutricionista etc). Aliando tudo isso, os centros especializados, caso do próprio Hospital do Graacc, em São Paulo, alcançam um índice médio de cura na casa dos 70%.

Quanto mais se conhece cada tipo de tumor, maiores as chances de vencê-lo e limitar as sequelas para a vida adulta. Hoje são utilizados cada vez mais métodos modernos e precisos na cirurgia, na quimioterapia, na radioterapia e até no transplante de medula óssea, o que propicia mais qualidade de vida aos pacientes.

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Um bom exemplo é o uso da quimioterapia intra-arterial e intraocular (direcionada aos olhos) para tratar um tumor que ataca essa região, o retinoblastoma. A técnica permite que uma dose mais alta do medicamento atue diretamente na doença, sem ter de circular pelo corpo, e alcança 90% de cura.

Com o crescente número de jovens egressos do tratamento do câncer pediátrico, aumenta também o desafio de proporcionar a eles bem-estar com o mínimo de impacto causado pela doença e seu tratamento. E a boa notícia é que isso tem se tornado cada vez mais possível devido à medicina de ponta e ao atendimento humanizado.

*Sérgio Petrilli é oncologista pediátrico, superintendente médico do Hospital do Graacc e professor titular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

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