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Como interpretar os anticorpos neutralizantes na Covid-19?

Brasileiros têm procurado exame para saber se estão protegidos após a vacina ou a infecção. Executivo conta o que esses testes miram e quando são aplicados

Por Fabio Moruzzi, CCO da NL Diagnóstica*
Atualizado em 6 ago 2021, 14h22 - Publicado em 5 ago 2021, 15h33
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  • A vacinação contra a Covid-19 está avançando no país e, com isso, muitas pessoas têm buscado exames de anticorpos depois de se imunizarem para checar sua capacidade de neutralização do vírus despertada pela vacina.

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    Deve-se ter em mente, em primeiro lugar, que nem todo teste é capaz de verificar essa defesa. Mais do que averiguar os anticorpos neutralizantes em si, precisamos ter a tecnologia certa para isso. E, agora, contamos com um exame que torna muito mais viável essa investigação nos laboratórios de diagnóstico pelo país.

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    Ele se baseia numa técnica conhecida como ELISA — do inglês Enzyme-Linked Immunosorbent Assay — ou ensaio de imunoabsorção enzimática. Trata-se de um teste rápido, que pode ser automatizado e adaptado ao maquinário convencional para ampliar a capacidade de rodar mais exames ao mesmo tempo, permitindo ao centro de análises clínicas oferecer o método ao público. Com ele, pela primeira vez, um teste de neutralização passou a ser feito em larga escala pelos laboratórios.

    Esse exame mimetiza a situação de infecção a fim de verificar se os anticorpos neutralizantes são capazes de barrar a entrada do vírus nas células — o reagente do teste tem um receptor celular específico utilizado pelo vírus para entrar ali. Assim, colocamos a amostra do paciente em contato com essa representação do vírus e podemos enxergar se há interação com os anticorpos desenvolvidos.

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    No geral, o corpo monta a defesa após uma infecção ou a vacinação da seguinte forma: no primeiro contato com o vírus, reconhece o agente e dá início à reação, construindo uma resposta imune específica e efetiva para aquele patógeno. Inicialmente, o paciente terá um anticorpo ligante, que só detecta o vírus. Mas o organismo amadurece essa resposta e passa a formar anticorpos mais fortes, ávidos e capazes de gerar proteção. São eles que neutralizam o vírus.

    + Leia também: Pegar Covid-19 depois da vacina não significa que o imunizante falhou

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    Atualmente, há três possíveis usos para o teste de anticorpos neutralizantes: no desenvolvimento das vacinas, mensurando sua eficácia; para a triagem de doadores de plasma convalescente, uma das terapias estudadas no combate à Covid-19; e na verificação de quem desenvolveu resposta imune após a contaminação e/ou imunização. De modo geral, após 15 ou 20 dias, é possível ter alguma produção de anticorpos, depois da primeira dose ou segunda dose — ou da infecção em si.

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    A ideia do exame é saber se o organismo produz anticorpos funcionais, que, com o passar do tempo, vão sendo eliminados. Só que a capacidade de produção dessas moléculas protetoras continua na memória imunológica do organismo. E pesquisas estão em andamento para comprovar o tempo dessa memória, algo importante para determinar até a necessidade de revacinação.

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    É válido lembrar que os imunizantes contribuem para que não se desenvolva a doença de maneira grave, mas não impedem 100% a infecção pelo vírus nem a sua transmissão (inclusive por quem foi vacinado). Por isso, temos de considerar que existe o risco de reinfecção pelo coronavírus. O que reforça a necessidade de manter as medidas de proteção e prevenção, que devem ser seguidas independentemente de você já ter tido a doença ou ter sido vacinado.

    * Fabio Moruzzi é CCO da NL Diagnóstica, fabricante e distribuidora de kits diagnósticos para diversas patologias

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