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Alergia alimentar ou intolerância: qual a diferença?

Há muita confusão sobre esse assunto por aí. Expert explica o que distingue cada situação

Por Carolina Aranda, pediatra*
Atualizado em 28 abr 2023, 14h55 - Publicado em 23 abr 2023, 09h40

Muitas vezes, nós ouvimos que uma pessoa tem intolerância ao leite quando, na verdade, trata-se de uma alergia. É que os termos – intolerância e alergia – são usados como se fossem sinônimos. E eles não são.

A intolerância alimentar é uma resposta do organismo a um alimento que não é digerido corretamente e pode causar desconforto gastrointestinal, como cólicas, diarreia e flatulência.

Ela é causada pela falta ou insuficiência de uma enzima digestiva que é responsável pela quebra de um componente do alimento.

+ Leia também: Alergia alimentar: ela está mais comum, mas nem tudo é culpa dela

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É o caso da intolerância à lactose, que acontece quando o corpo não produz a enzima lactase, necessária justamente para digerir o açúcar presente no leite.

Já a alergia alimentar é uma reação imunológica a um alimento específico, que é visto como uma ameaça ao nosso corpo.

É uma resposta exagerada do sistema imunológico e pode ocorrer mesmo com pequenas quantidades do alimento.

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Os sintomas de uma alergia alimentar incluem coceira na pele, urticária, vômitos, diarreia e até mesmo anafilaxia – reação alérgica grave e potencialmente fatal.

Alergias em alta: por quê?

A frequência das alergias, incluindo as alimentares, aumentou exponencialmente nas últimas décadas.

Majoritariamente, as alergias têm herança multifatorial, o que significa que sua origem envolve vários genes e fatores ambientais.

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Várias pesquisas alertam que as mudanças drásticas no nosso estilo de vida podem ter contribuído para esse desfecho.

A epigenética é a ciência que investiga como os estímulos ambientais podem ativar determinados genes e silenciar outros, o que tem auxiliado (e muito) nas tentativas de compreensão do desenvolvimento das alergias.

Nesse sentido, o consumo de alimentos ultraprocessados e o uso indiscriminado de antibióticos parecem ser os motivos mais relacionados ao crescimento na incidência das alergias.

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+ Leia também: Quais os sintomas da intolerância à lactose?

É possível, assim, entender o crescimento de alergias a alimentos pouco utilizados no passado, como o amendoim e as castanhas em geral.

O amplo consumo de leites vegetais e cosméticos sem componentes animais podem favorecer a sensibilização em pessoas predispostas a ter alergias.

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É importante ressaltar que o diagnóstico das alergias alimentares não é simples, e os testes disponíveis avaliam a sensibilização alérgica apenas quando os pacientes apresentam sintomas ao ter contato com o alimento gatilho.

Consultar um médico é importante para confirmar o diagnóstico e receber orientação sobre a melhor forma de lidar com as restrições alimentares.

*Carolina Aranda é pediatra especialista em imunologia do Fleury Medicina e Saúde, PhD em alergia e imunologia e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

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