Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

20 anos da Lei dos Genéricos: o que mudou para os brasileiros?

Especialista analisa os avanços e desafios dessa classe de medicamentos. Terapias para as doenças como diabetes e hipertensão foram as mais beneficiadas

Por Érica Sambrano*
Atualizado em 20 Maio 2019, 18h04 - Publicado em 20 Maio 2019, 16h36
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em termos de políticas públicas de saúde no Brasil, a Lei dos Medicamentos Genéricos (nº 9.787) é uma de nossas maiores conquistas. Ela foi implementada no ano de 1999 com o objetivo de ampliar o acesso da população brasileira a tratamentos eficazes, seguros e mais baratos.

    A lei viabilizou a comercialização de medicamentos com patentes expiradas para empresas que têm interesse em produzi-los. Por definição, os genéricos possuem o mesmo princípio ativo, a mesma dosagem, a mesma forma farmacêutica e o mesmo método de administração que medicamentos de referência, que foram lançados primeiro no mercado.

    Você já deve ter se perguntado: por que os medicamentos genéricos são mais baratos? A reposta tem a ver com gastos de desenvolvimento dos fármacos. Para lançar um novo produto, um laboratório farmacêutico precisa investir em estudos clínicos, que demandam muito tempo e dinheiro. Já para fabricar um genérico, a indústria pode pular essa etapa, fazendo uma cópia a partir de uma medicação já existente, cuja eficácia está demonstrada nas pesquisas.

    Mais competição

    Isso não significa, claro, que os genéricos cheguem às farmácias sem nenhum critério. Essas formulações precisam passar por testes bastante rigorosos, que comprovam que sua fórmula é equivalente às drogas de referência. Tudo é controlado e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, que atesta a qualidade dos produtos.

    Os genéricos foram e continuam sendo um grande ganho para os pacientes, especialmente para aqueles que necessitam de tratamento para doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Desde 2000, a economia no bolso dos brasileiros gerada por essa classe de fármacos chega a 132 bilhões de reais, segundo a associação PróGenéricos. E isso considerando apenas o desconto previsto em lei.

    Continua após a publicidade

    Claro que mostrar as cifras é válido e representativo, mas, na prática, a lei foi muito além disso: ela reconfigurou o mercado e proporcionou uma série de benefícios diretos e indiretos para a população. Um deles é a possibilidade de dar sequência a diversos tratamentos sem impactar significativamente o orçamento familiar. Outro ganho: a chegada dos genéricos também incentivou a inovação: há tecnologia envolvida no setor, uma vez que os fabricantes têm oportunidades de estudar os medicamentos e pesquisar formas de aprimorá-los.

    O rebuliço que sucedeu a lei provocou profundas mudanças na indústria e reconfigurou o mercado farmacêutico. A nova dinâmica passou a estimular mais a concorrência, obrigando fabricantes a rever, por exemplo, os valores de alguns medicamentos. Antes dos genéricos, quando os preços dos medicamentos subiam, não havia alternativa: as pessoas se viam obrigadas a pagar caro para tratar suas enfermidades. Os preços altos também oneravam a máquina pública, que gastava mais para cuidar os pacientes.

    O bolso agradece

    Facilitar o acesso e a adesão da população ao tratamento de doenças implica necessariamente em preços menores. A lei estabelece que o medicamento genérico deve custar 35% menos que o de referência e essa margem pode ser mais expressiva, a depender das políticas praticadas nos laboratórios. Entre os principais genéricos a venda no Brasil estão os anti-hipertensivos, os redutores de colesterol e os tratamentos para diabetes.

    Continua após a publicidade

    Aliviar gastos da população e dos sistemas de saúde públicos, que se tornam cada vez mais sobrecarregados, é uma grande conquista. Hoje, nós podemos contar com o tratamento das doenças e sintomas que mais acometem a população por um preço significativamente menor. Na ponta, o consumidor é o principal beneficiado. Por isso, o medicamento genérico precisa sempre ser lembrado, divulgado e celebrado.

    *Érica Sambrano é diretora comercial e e de marketing da Sandoz, divisão da Novartis e líder mundial em medicamentos genéricos e biossimilares.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.