Prostatite pode ser causada por uma infecção sexualmente transmissível?
Dúvida costuma surgir quando a doença atinge homens mais jovens. Entenda o problema e suas causas

A prostatite é uma infecção da próstata, que costuma causar febre, mal-estar, cansaço, ardência para urinar e uma vontade constante de ir ao banheiro, com uma sensação de incapacidade de esvaziar a bexiga completamente.
Geralmente, a prostatite acomete homens maduros, e sua origem está, na maior parte das vezes, relacionada com uma bactéria decorrente de uma infecção urinária. O agente causador mais comum é a Escherichia coli, uma bactéria intestinal que afeta o trato urinário.
Em alguns casos, porém, é possível que a prostatite tenha origem numa infecção sexualmente transmissível (IST). Esse cenário é mais comum entre homens jovens, que ainda não têm a próstata aumentada como fator predisponente para a prostatite, e que, com mais frequência, têm maior diversidade de parcerias sexuais.
Dentre as ISTs que podem causar uma prostatite estão a gonorreia, clamídia, ureaplasma, micoplasma e a tricomoníase. Nesses casos, é comum, além dos sintomas clássicos de prostatite, existir uma saída de secreção pela uretra.
A elucidação do caso depende de informações do paciente sobre seus hábitos sexuais anteriores ao aparecimento dos sintomas, e também de exames de urina que podem ajudar a esclarecer a presença de alguma uma IST.
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Existe também a possibilidade de se contrair uma bactéria intestinal após uma relação anal. Nesses casos, não classificamos como uma IST já que, apesar de ter tido origem num ato sexual, se trata de um germe intestinal, e não de um agente patológico que não pertence à flora humana habitual.
Uma dúvida que costuma surgir é se a prostatite é uma doença transmissível. Nesse caso, a resposta depende. Se for uma prostatite habitual, por exemplo advinda de uma infecção urinária por Escherichia coli, não é uma doença contagiosa.
Porém, se for um caso de IST como clamídia ou gonorreia, pode haver a transmissão da doença para parceiras ou parceiros. Em todos os casos, é fundamental procurar auxílio médico e realizar um tratamento com antibióticos por pelo menos 2 semanas.