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Quem tem pressão alta pode tomar cerveja e outras bebidas alcoólicas?

A hipertensão, que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, tem algumas conexões com o exagero no consumo de álcool

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 29 out 2021, 14h08 - Publicado em 27 out 2021, 19h01

Estima-se que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas tenha relação com mais de 200 tipos de doença. Pois é: não é só o fígado que paga o pato, não. O corpo todo acaba sofrendo os reflexos do abuso. Mas será que tomar cerveja faz mal para quem convive especificamente com pressão alta? Essa foi a pergunta que um leitor nos mandou por e-mail.

O cardiologista Marcelo Paiva, do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, lembra, em primeiro lugar, que o etanol está associado a esse distúrbio de diversas formas.

Com o tempo, o consumo desse tipo de bebida leva ao aumento da pressão pela ação direta que o álcool exerce sobre a parede das artérias, o que prejudica o bombeamento de sangue pelo corpo. Sem falar que a substância reduz os níveis de óxido nítrico, elemento que auxilia no relaxamento dos vasos.

“Há, ainda, mecanismos indiretos. O álcool é fonte de carboidrato, cujo exagero está relacionado ao ganho de peso. Isso pode desencadear alterações na pressão arterial, além de contribuir para o diabetes e o aumento do colesterol“, informa o cardiologista.

Logo, consumir bebidas alcoólicas em grandes quantidades – o correspondente a mais de duas latas de cerveja por dia – pode favorecer o desenvolvimento da hipertensão. Cada caso é um caso, mas, a princípio, essa é a dose máxima segura para todas as pessoas, mesmo para aquelas que já apresentam a doença.

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De qualquer forma, na presença de uma condição de saúde e/ou se houver ingestão de remédios, é essencial consultar um especialista para verificar se é tranquilo mesmo tomar cerveja e afins e em qual quantidade.

“Agora, quando se restringe esse hábito, há benefícios significativos no controle da pressão arterial e na redução do risco de eventos cardíacos“, avisa Paiva.

+ LEIA TAMBÉM: A evolução no diagnóstico e no tratamento da hipertensão

Segundo o cardiologista, se o indivíduo não tiver nenhum problema prévio nem tomar medicações, o consumo moderado de álcool não será capaz de desregular a pressão por si só. Mas, veja bem: isso vale para a ingestão com parcimônia. O exagero sempre é ligado a riscos.

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Inclusive, vale ressaltar que quem não bebe entre segunda e quinta-feira não tem acúmulo de saldo para o final de semana. Isso também é tido como abuso.

O cardiologista aproveita para reforçar o conceito da pressão normal. “Via de regra, 1,20 x 80 mmHg são valores considerado normais”, explica. Abaixo ou acima dessas taxas, acende-se o sinal amarelo. “Quanto maiores os níveis, maior o risco de complicações, principalmente no sistema cardiovascular”, reforça Paiva.

Não raro, o primeiro sinal de que uma pessoa tem hipertensão já é um infarto ou derrame. Portanto, não deixe de acompanhar suas taxas.

 

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