Pergunta feita por Fernando Jurado
No fim de 2016, o designer gráfico Fernando Jurado, de São Paulo, acolheu Batatinha, o cãozinho da foto acima. Não demorou muito, o filhote, na época com apenas oito meses, começou a apresentar comprometimento das funções motoras e episódios de convulsão. Tratava-se de um caso de cinomose, que geralmente acomete os peludos mais novos – cujo sistema imune está em formação – e os que não estão com a vacinação em dia.
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A transmissão ocorre de um cachorro para outro através do contato com secreções do animal contaminado. Por isso, é importante não levar o pet para passear antes da última vacina, além de evitar o compartilhamento de brinquedos entre eles, principalmente nessa fase.
“Humanos podem servir de ponte para o vírus. Então, também é essencial redobrar os cuidados com a higiene depois de brincar ou fazer carinho em outros cachorros”, recomenda Fernanda Fragata, diretora do Hospital Veterinário Sena Madureira, na capital paulista. Só pra reforçar: o agente infeccioso não provoca estragos em gente.
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Via de regra, a doença se manifesta de 15 a 45 dias após a contaminação e evolui em três fases. Na primeira, o cão perde o apetite, vomita e tem diarreia. Depois, começam as dificuldades respiratórias (secreção no nariz, tosse…), que podem resultar em pneumonia. Por fim, quando o vírus chega ao sistema nervoso, surgem os problemas motores e as convulsões.
Ainda não há medicação para combater a doença diretamente. O tratamento consiste em restabelecer a saúde e as defesas do pet para que o vírus seja eliminado. “Independentemente do estágio da cinomose, o cachorro deve ser internado para tomar os medicamentos necessários e ter um acompanhamento nutricional adequado”, completa Fernanda. Ela ainda lembra que, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura.