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Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito
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São Paulo precisa reduzir mortes por doenças cardiovasculares. Mas como?

Os óbitos por infarto e AVC seguem em alta no estado - e um especialista aponta o voto como um jeito de mudar esse cenário desalentador

Por José Francisco Kerr Saraiva, cardiologista*
Atualizado em 19 dez 2018, 11h49 - Publicado em 10 ago 2018, 13h46

Neste mês de agosto, quando a definição das candidaturas coloca as eleições com mais ênfase na mídia e nas redes sociais, é importante discutir, na agenda da saúde, um grave problema que se verifica no Estado de São Paulo: nos últimos dez anos, o número de mortes por doenças cardiovasculares não foi reduzido na população paulista. Considerando ser essa a maior causa de falecimentos no Brasil e no mundo, a estagnação dos índices de letalidade tem peso muito grande nas estatísticas de óbitos em geral.

Trata-se, portanto, de uma prioridade em termos de políticas públicas! E o principal meio de reduzir as mortes é investindo na prevenção, com o combate sistemático e amplo às causas das mortes por enfermidades cardiovasculares. São elas: obesidade, colesterol e triglicérides altos, diabetes e hipertensão.

Infelizmente, todos esses problemas seguem recorrentes em São Paulo, conforme demonstra estudo que realizamos na Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), intitulado Épico (Projeto Epidemiológico de informações da Comunidade). Nós coletamos informações de 2 500 pacientes de ambos os gêneros, de quatro cidades do Estado de São Paulo, em 102 unidades básicas de saúde. Aproximadamente 70% dos avaliados eram mulheres.

Constatou-se alta prevalência de obesidade. Observou-se, ainda, baixo controle dos fatores de risco cardiovascular: somente metade dos pacientes com hipertensão apresentava pressão arterial dentro das metas preconizadas pelas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). E apenas um quarto dos portadores de diabetes tipo 2 tinha valores de glicemia dentro dos níveis recomendados pelas diretrizes médicas da SBC e Sociedade Brasileira de Diabetes.

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Tem mais: o controle da dislipidemia (colesterol e/ou triglicérides elevados) é o fator de risco cardiovascular menos controlado. Só 16% contava com valores dentro das metas propostas pela SBC. Tais dados são alarmantes e explicam, com assustadora clareza, por que tantos habitantes do Estado de São Paulo continuam morrendo do coração!

O estudo Épico não deixa dúvidas quanto à urgência de políticas públicas destinadas a conscientizar as pessoas sobre a necessidade da prevenção. Além disso, demonstra a premência de melhorar o socorro de urgência, mesmo nos lugares mais remotos, aos indivíduos acometidos por infarto, parada cardíaca ou acidente cerebral vascular (AVC).

Devemos preparar melhor os profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e hospitais não especializados para essas situações. A velocidade e assertividade desse processo também salvarão muitas vidas.

Para realizar o Épico, a Socesp aproximou-se dos municípios, financiando integralmente o projeto, tabulando e analisando os dados, que são coletados pelas prefeituras nas unidades de saúde. Sugerimos, ainda, estratégias de controle das causas e do primeiro socorro rápido e eficiente, cuja eficácia, obviamente, depende de políticas públicas articuladas.

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Transcorre em 14 de agosto, o Dia do Cardiologista. Para nós, a melhor maneira de comemorar a data é a redução do número de óbitos por doenças cardiovasculares, que matam, anualmente, 17,5 milhões de pessoas no mundo e 350 mil no Brasil. Definitivamente, esse grave problema de saúde pública deve ser tratado com a devida prioridade pelos novos governantes que os brasileiros elegerão este ano. Para o Estado, não há prioridade mais importante do que a vida!

*José Francisco Kerr Saraiva é cardiologista e presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – Socesp

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