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Você pode (ou melhor, deve) se preparar para um envelhecimento saudável. A geriatra Maisa Kairalla, da Universidade Federal de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, ensina como
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Cuidado: a pneumonia está no ar

Febre, dor no peito, dificuldade para respirar... Fique atento! Esses são alguns sintomas da doença que ataca os pulmões, especialmente os dos mais velhos

Por Dra. Maisa Kairalla
Atualizado em 3 fev 2021, 10h21 - Publicado em 12 jul 2019, 12h12

Tosse com presença de catarro (amarelado ou esverdeado), dor no tórax, falta de energia, dificuldade para respirar, febre ou hipotermia, confusão mental, sonolência, mal-estar no corpo… Todos esses sintomas podem indicar a presença de uma pneumonia.

Falamos de uma das doenças mais graves que podem comprometer especialmente dois grupos na população: as crianças de até 5 anos e os idosos. Em comum, eles correm maior risco em função de um sistema imune mais fragilizado. Isso se torna ainda mais crítico no inverno, período do ano em que, além do frio, as temperaturas costumam oscilar bruscamente ao longo do dia. Tem mais: essa época é marcada pelo ar seco, o que leva à menor hidratação das vias aéreas, fator que contribui para o aparecimento de problemas respiratórios.

A pneumonia pode ser causada por diversos agentes infecciosos, incluindo vírus, bactérias e fungos. A chamada pneumonia pneumocócica, provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, é considerada o tipo mais comum, sendo responsável por entre 20% e 60% dos casos da doença adquirida na comunidade.

Os idosos estão entre os principais alvos dessa infecção. Quanto maior a idade e maior o número de problemas de saúde pré-existentes, maior o risco de desenvolvê-la.

Existe também outro tipo de pneumonia, a aspirativa, frequente entre os mais velhos e que pode ocorrer quando não há uma deglutição adequada — restos de alimentos escoam para o lugar errado, dando início à confusão nos pulmões.

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A pneumonia dificulta a respiração e, mais do que isso, leva os outros órgãos a funcionarem de maneira menos eficiente. Há ainda casos mais graves, em que se observa a formação de pus na região dos pulmões. Pessoas com problemas cardíacos ou pulmonares tendem a apresentar quadros descompensados na vigência da infecção nos pulmões, assim como a doença contribui para a ocorrência de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Não confunda!

Em sua fase inicial, a pneumonia pode ser confundida com uma gripe, o que pode levar os idosos à automedicação. Essa é uma atitude arriscada porque alguns remédios podem mascarar os sintomas, permitindo que a doença evolua até que seja feito um diagnóstico correto. Tampouco adianta buscar antibióticos sem orientação. O uso inadequado (em dosagem ou tempo equivocados, por exemplo) não surtirá o efeito esperado e ainda pode ocasionar resistência das bactérias.

Uma característica da doença na população mais velha é que nem sempre a apresentação dos sintomas é clara. Por vezes consideramos sua manifestação atípica. Precisamos estar atentos a isso, pois, entre os idosos, pessoas que parecem estar bem em um dia, sem repercussões do problema, podem evoluir rapidamente para uma piora.

É importante ressaltar que, sem diagnóstico e tratamento correto, a pneumonia traz, sim, risco de morte. Estudos apontam que a taxa de mortalidade em idosos chega a 30%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, a cada ano, aproximadamente 1,6 milhão de pessoas sejam vítimas fatais. Além disso, um idoso que teve pneumonia pode enfrentar piora na qualidade de vida, tornando-se até dependente da família ou de cuidadores temporariamente.

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Dá para prevenir?

Felizmente, sim. Entre os cuidados para não pegar a doença, recomendamos manter a casa limpa e livre de focos de mofo; evitar contato, na medida do possível, com pessoas com sintomas de infecções respiratórias; usar máscara para proteger boca e nariz caso tenha de ir a um ambiente como o hospital; lavar as mãos quando voltar da rua…

E tem uma medida fundamental para prevenir a pneumonia: a vacinação. Em se tratando de idosos em particular, pesquisas indicam que a única maneira eficaz de evitar a doença pneumocócica é por meio da imunização. Principalmente quando o indivíduo já apresenta problema no coração, diabetes, asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Converse com seu médico e verifique se a caderneta de vacinação está em dia.

Ainda pensando nos idosos, reforço que é importante ficar atento a sinais nem sempre claros de um problema respiratório (como a tosse). Mesmo prostração e fraqueza podem ser indícios de uma pneumonia. E, nesse caso, quanto antes procurarmos um médico ou serviço de saúde de confiança, melhor.

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