Vale usar protetor bucal para qualquer esporte?
Seu uso evita danos à gengiva e aos dentes em diversas modalidades

Um soco está longe de ser a única maneira de um esportista ficar com o sorriso danificado. Boladas, quedas, trombadas e outras situações corriqueiras a um monte de exercícios ameaçam a boca. Daí por que o Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo destinou um espaço à importância dos protetores bucais. “Desde que feitos sob medida, eles não incomodam e previnem fraturas, deformações e lacerações gengivais”, enumera o odontologista Reinaldo Brito e Dias, que deu uma aula sobre o tema durante o evento. Chefe do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilofaciais da Universidade de São Paulo, o professor pondera que as versões pré-fabricadas podem até provocar malefícios. “O ideal é confeccioná-los sob a orientação de um especialista”, arremata. Na próxima visita ao consultório do dentista, que tal colocar isso em jogo?
Respostas na ponta da língua
1. Quem tem aparelho pode usar?
Pode e deve. Qualquer pancada em uma boca cheia de metal favorece cortes pra lá de incômodos.
2. Atrapalha a comunicação e a respiração?
Não, porém o item precisa ser individualizado. Se gerar qualquer desconforto, converse com o profissional.
3. Quais os esportes mais indicados?
Os com muitas colisões e as lutas. Só que, idealmente, qualquer um que inclua boladas, encontros ou quedas pede o produto.
4. Tem que pôr nas duas arcadas?
Depende da atividade e dos traços do sujeito. Os protetores de arcada superior são mais prescritos.
5. Como cuidar e qual a durabilidade?
Lave com água e sabão neutro e guarde bem. Recomenda-se trocá-lo a cada seis meses, mas isso varia.
6. Problemas bucais afetam o desempenho?
Definitivamente. As dores de cáries e afins dificultam a movimentação, além de piorarem a alimentação e a qualidade do sono.