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Truques para evitar que a criança chupe o dedo

O hábito de chupar o dedo, assim como o uso de chupeta e mamadeira, pode causar problemas de dicção mais tarde, na vida adulta

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 out 2016, 20h56 - Publicado em 22 out 2012, 22h00

Quando o bebê fica irritado, ela tende a sacar o polegar a qualquer custo
Foto: Getty Images

Levar tudo o que encontra à boca é uma maneira de o bebê desvendar o mundo a seu redor. “A via oral é a única ferramenta de que o recém-nascido dispõe para explorar o desconhecido. Isso inclui partes do corpo, como os dedos“, explica a fonoaudióloga Irene Marchesan, de São Paulo. Mas, se o hábito persistir por anos a fio, aí é problema na certa, algo também válido para o uso de chupetas e mamadeiras.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostra que tanto o dedo quanto esses utensílios alteram o desenvolvimento dos ossos do rosto infantil e atrasam a habilidade de falar. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de analisarem os dados de 128 crianças chilenas entre 3 e 5 anos de idade.

“A mamadeira favorece um tipo de cárie muito potente, que destrói os dentes. Já a chupeta e o dedo interferem no posicionamento da arcada dentária, além de deslocarem as estruturas ósseas da boca”, esclarece a cirurgiã-dentista Márcia Vasconcelos. Pior, esse cenário predispõe à respiração bucal, já que a boca se molda em função dos aparatos.

Não bastasse tudo isso, as primeiras palavras podem ser prejudicadas. “Essas alternativas de sucção impedem que o pequeno use corretamente os músculos do rosto, o que deixa a musculatura da região flácida”, alerta a psicóloga Ana Carolina Peuker. E, além de demorarem mais para soltar o verbo, garotos e garotas nessa situação passam a projetar a língua para a frente, o que compromete a pronúncia das sílabas. Felizmente, isso tudo pode ser evitado. Basta intervir desde cedo.

Mas… levante a mão o pai ou a mãe que nunca apelaram para a mamadeira ou para a chupeta quando o filho abriu o berreiro. É difícil dispensar esses apetrechos. Depois de amamentar por seis meses, a melhor opção seria passar direto para o copo – o bebê vai errar algumas vezes, mas aprende rápido – ou a colher. Mas se não tem jeito, a saída é usar chupetas e afins, mas lembre-se de abandoná-los no máximo aos 2 anos de idade. Até esse limiar, prefira oferecê-los à noite, antes de dormir. No caso da chupeta, retire-a do berço assim que o bebê adormecer. Alguns truques, como ocupar a mão da garotada com brinquedos, ajudam. E, não custa repetir, se a criança foi amamentada por no mínimo seis meses, ela terá uma necessidade fisiológica menor de sucção, seja do dedo, da chupeta, seja de qualquer outro objeto.

Ansiedade além da conta

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“O bebê vem ao mundo com o reflexo de Babkin, que o faz levar a mão à boca na tentativa de se acalmar”, explica a psicóloga Ana Carolina Peuker. Por isso, em casos isolados, sugar o polegar não pode ser considerado um hábito propriamente dito. Obrigar a criança a tirar o dedo da boca de pronto faz com que a ansiedade só aumente. Quando fica irritada, ela tende a sacar o polegar a qualquer custo. Então, é preciso agir com calma e não tumultuar a vida do pequeno para evitar que chupar o dedo se torne uma rotina.

Chupeta nunca mais

Truques para evitar que a criança se torne refém desse e de outros apetrechos:

· Amamentar o bebê até os 6 meses de vida diminui a necessidade de sucção

· Troque a mamadeira tradicional por copos específicos

· Use a mamadeira apenas para a última refeição do dia

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· Ocupe a mão dos pequenos com um brinquedo

· Retire a chupeta logo após a criança adormecer

· Não a prenda na roupa

· Tenha apenas uma em casa

Fonte: Lais Graci dos Santos Bueno, da Sociedade Brasileira de Pediatria

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