Nem sempre. A hipolactasia do adulto — nome oficial da deficiência de lactase que costuma ocorrer após o desmame — pode, sim, ser transmitida. Isso depende, porém, de uma combinação genética. A intolerância à lactose tem natureza recessiva, isto é, a pessoa precisa herdar dois genes assim (um do pai e outro da mãe) para o distúrbio se manifestar.
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Já a persistência da lactase — em outras palavras, a capacidade de produzir a enzima a vida toda sem nunca sofrer perrengues ao ingerir lactose — é dominante. Nesse caso, basta um gene com essa característica para a chateação ser afastada. Então, se a mulher tiver dificuldade de digerir o açúcar do leite, mas o marido não (ou vice-versa), há boa probabilidade de o filho escapar da intolerância, porque um dos genes que ele receberá pode ser o da persistência, o dominante.