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Quando fazer o transplante capilar: dos benefícios às contraindicações

Não é porque a dupla sertanejo Marcos e Belutti realizou esse tratamento que ele funciona para todos. Saiba o que é, quem pode fazer, quais os cuidados...

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 5 fev 2021, 14h12 - Publicado em 23 ago 2018, 16h17

A dupla sertaneja Marcos e Belutti é entrosada ao ponto de os dois anunciarem que fizeram um transplante capilar ao mesmo tempo. Brincadeiras à parte, sempre que uma celebridade revela passar por um tratamento estético, as buscas por ele aumentam – às vezes até de maneira atabalhoada e sem muito critério.

“Esse procedimento, quando bem indicado, pode ajudar muito o homem ou a mulher. A questão é, antes de tudo, saber quem se beneficia realmente dele”, introduz o dermatologista Francisco Le Voci, coordenador do Ambulatório de Tratamento Clínico e Cirúrgico das Doenças de Couro Cabeludo e dos Cabelos da Faculdade do Medicina do ABC, na Grande São Paulo.

Um especialista nesse método, ele ajudou a SAÚDE a explicá-lo para você. Confira:

Quando fazer o transplante capilar

Já adiantamos logo de cara: essa é uma resposta que só o expert pode dar, de acordo também com os desejos do paciente. “A pessoa deve procurar o médico quando a perda de cabelo se intensificar e o incomodar. A partir daí, o tratamento é individualizado”, diz Le Voci.

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O transplante capilar não costuma ser a primeira opção. Remédios, loções e afins tendem a entrar em cena antes – e, aliás, muitas vezes continuam a ser usados mesmo após o implante.

Quando esses não surtem o efeito desejado, a cirurgia vira uma opção mais viável (embora possa ser recomendada logo cedo em casos pontuais). “Ainda assim, precisamos investigar a causa da perda dos fios. Algumas condições não respondem bem a esse tratamento”, avisa Le Voci. Pacientes com alopecia areata, por exemplo, não possuem indicação para a operação.

Fora isso, via de regra o candidato ideal para o transplante capilar é aquele em que o cabelo está rareando no topo da cabeça, mas que ainda possui fios saudáveis na nuca e nas laterais. E, aqui, chegamos ao procedimento em si.

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O que é o transplante capilar e como é feito

Primeiro, o médico retira folículos capilares (a estrutura onde se localiza a raiz do cabelo) de uma área doadora do próprio paciente – sim, o transplante é de você para você mesmo. As regiões que mais tendem a concentrar fios fortes e saudáveis são justamente a nuca e as laterais da cabeça. “Em situações muito específicas, é possível também retirar as raízes da barba ou mesmo do corpo. Mas essas são exceções à regra”, avalia Le Voci.

Há diferentes métodos para essa retirada. O FUT (sigla em inglês para transplante de unidades foliculares) consiste em extrair, digamos, faixas do couro cabeludo da pessoa. Já o FUE (extração de unidades foliculares) coleta fio por fio. “Não há uma técnica melhor do que outra. O que existe é uma melhor indicação”, reitera Le Voci.

O FUT, por exemplo, deixa cicatrizes um pouco maiores, o que pode incomodar quem gosta de andar por aí com o cabelo bem curtinho. Por outro lado, a cirurgia com ele é mais breve e não exige a raspagem da área doadora, fato que atormenta principalmente as mulheres.

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A partir daí – e com a ajuda de equipamentos e uma equipe extensa –, o profissional começa a aplicar as raízes na área receptora. O tempo da operação varia, porém, em média, dura umas seis horas. E, claro, o indivíduo é anestesiado.

Como os folículos transplantados são mais resistentes, com o tempo eles voltam a povoar o topo da cabeça com fios.

Agora… e o preço? Olha, isso varia demais. Fato: o procedimento não é nada barato, podendo ficar na casa dos 20 mil reais.

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O que esperar do transplante capilar

Não pense que você vai sair da cirurgia já com cabelos longos. “A pessoa começa a ver melhorias em três meses, mais ou menos. E o resultado final demora de um ano a um ano e meio”, estima Le Voci.

Quando bem indicado e realizado, o transplante capilar garante que a pessoa vai ter mais cabelo do que antes. Mas quanto a mais? Isso depende de vários fatores, como a saúde da área doada e da receptora, da extensão da região calva, da idade e por aí vai.

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Às vezes, outros transplantes serão necessários no futuro. E, em todas as ocasiões, o resultado depende dos cuidados com o couro cabeludo. “É que nem com a saúde bucal. Quando o odontologista tira uma cárie, você precisa continuar escovando os dentes”, compara o dermatologista.

Dito de outra forma, a higienização adequada e o eventual uso de medicações devem ser cumpridos conforme a recomendação do especialista.

Fora isso, os fios transplantados também estão sujeitos ao envelhecimento. Sim, com o tempo eles também vão cair mais, embranquecer, afinar… “Tem gente que acha que está fixando uma peruca na cabeça. Não é bem assim”, conclui Le Voci.

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