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Qual a síndrome do ator banguela da série Stranger Things?

Um dos mais carismáticos atores da série, que interpreta Dustin, tem displasia cleidocraniana, que até alterou o roteiro original. Conheça essa condição

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 15 jul 2019, 09h58 - Publicado em 2 ago 2016, 16h07

Uma série que sempre chama a atenção no mundo é Stranger Things. Ambientada na década de 1980, ela retrata o misterioso desaparecimento de um menino em uma cidadezinha americana. Mas, mesmo que você não goste do toque sobrenatural e das referências a filmes dessa época, vale a pena ver os  episódios só para se divertir com o personagem Dustin (interpretado por Gaten Matarazzo).

Um dos aspectos mais curiosos sobre esse jovem pra lá de carismático é que ele tem uma condição raríssima chamada de displasia cleidocraniana — e que inclusive foi incluída no roteiro de Stranger Things após Gaten Matarazzo ser escalado para o papel. “Apesar de ser um problema que afeta uma pequena parcela da sociedade [1 em cada 1 milhão de pessoas], é importante ter essa representatividade. Achei de muito bom tom Dustin ser um personagem inteligente, que se tornou um dos mais queridos da série”, comenta Mario Groisman, mestre em Ciências Dentais pela Universidade de Lund (Suécia) e membro da Academia Brasileira de Odontologia.

Mas o que é a tal displasia cleidocraniana? Trata-se de um distúrbio genético que afeta o crescimento dos ossos na área do crânio e da clavícula. Em decorrência dessas alterações anatômicas, a criança até desenvolve dentes de leite, porém não vê os de verdade aparecerem. “A síndrome pode alterar a mastigação e a fala”, ensina Groisman. Também é comum que o paciente apresente baixa estatura, mãos pequenas e um achatamento de parte do rosto.

Essas deformações anatômicas podem afetar consideravelmente a autoestima dos pacientes. O próprio Gaten Matarazzo, que na série aparece sem os dentes da frente, optou por colocar implantes artificiais. “A autoestima deve ser muito bem trabalhada. Podemos recorrer a uma equipe multiprofissional”, destaca Groisman.

De resto, o tratamento costuma envolver cirurgias que reposicionam os ossos da melhor maneira possível. Do ponto de vista odontológico, o melhor é fazer essas intervenções por volta dos 12 anos — todo o processo costuma demorar dois anos.

E uma última coisa: um indivíduo com displasia cleidocraniana tem 50% de chance de transmitir sua condição para os filhos. Portanto, convém aos pacientes terem um aconselhamento com um profissional nesse sentido.

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