A bem da verdade, até dá pra dizer que o diabetes colabora para a pressão alta se instaurar. A resistência à insulina, condição típica do diabético tipo 2, é uma falha no organismo que dificulta o acesso das células à glicose circulante. Aí um monte de açúcar fica sobrando no sangue. Esse fenômeno contribui para as artérias se enrijecerem, o que está por trás do aumento da pressão.
Tem outro mecanismo perigoso nessa história. Quando há glicose demais dando sopa, o pâncreas entende que precisa trabalhar dobrado para reduzir a presença dessas moléculas na circulação. Para isso, manda ver na produção de insulina. Essa carga pesada de hormônio desanda o trabalho do sistema nervoso simpático, destrambelhando batimentos cardíacos e estimulando a contração exagerada dos vasos. De novo a hipertensão sai ganhando.
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Diante do maior risco de sofrer infarto ou AVC, os diabéticos são orientados a redobrar os cuidados com a pressão – é ainda mais importante que eles não ultrapassem os 14 por 9.
Para ajudar na tarefa, nutricionistas pedem atenção extra dessa turma, insistindo para economizar não só na ingestão de doce mas também na de sódio. Lembrando que o mineral está presente, por exemplo, em biscoitos recheados e no refrigerante zero. Ou seja, não dá para se fiar apenas no conselho de olhar a carga de açúcar ou carboidrato na embalagem.