A cada 604 viagens aéreas, uma pessoa passa mal e precisa de atendimento médico. Essa é uma das estatísticas captadas por uma das maiores análises de dados sobre emergências em voos já realizada. O estudo, publicado no respeitado periódico The New England Journal of Medicine, se baseia em informações de mais de 7 milhões de viagens domésticas e internacionais entre os anos de 2008 e 2010, que registraram 11.920 piripaques – os mais comuns foram situações envolvendo perda de consciência e queda de pressão. “Para prevenir esses inconvenientes, é importante se hidratar bem ao longo do trajeto e consultar um médico se estiver doente ou sob algum tratamento”, diz o infectologista Jessé Reis Alves, do Fleury Medicina e Saúde.
O que está por trás das emergências
Síncope ou pré-síncope (passar mal com ou sem desmaio) 37,4%
Problemas respiratório 12,1%
Náusea e vômito 9,5%
Outros 41%
As consequências
– 48% das pessoas foram atendidas por médicos que estavam entre os passageiros
– 31,2% dos problemas foram resolvidos ainda no voo
– 7% dos casos obrigaram o piloto a mudar a rota
– 25,8% dos indivíduos monitorados depois do voo foram transportados para um hospital após o pouso
– 0,3% desses casos terminaram em morte
Para voar numa boa
– Beba bastante água durante a viagem, já que a umidade do ar é baixa e o corpo perde líquido.
– Tenha refeições leves para evitar má digestão e até enjoos depois.
– Evite ingerir bebidas alcoólicas.
– Tome cuidado com remédios para dormir. Eles podem surtir mais efeitos colaterais por causa da altitude.
– Converse com o médico se você já teve trombose, se estiver se tratando contra o câncer ou se possui problemas pulmonares.