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Primeira vacina contra dengue ganha o apoio da Organização Mundial da Saúde

Imunizante já tem registro no Brasil desde o final de 2015, mas ainda não está disponível no sistema público

Por Karolina Bergamo
Atualizado em 27 out 2016, 21h08 - Publicado em 15 abr 2016, 12h05
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  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta sexta feira, 15, seu parecer favorável à primeira vacina capaz de combater o vírus da dengue. A entidade recomenda que países com altas taxas de transmissão e surtos recorrentes incorporem essa medida em suas estratégias de combate à doença. Além da imunização, é importante eliminar os focos de reprodução do Aedes aegypti, o mosquito que transmite a enfermidade para seres humanos. 

    Leia também: Fazer uma nova vacina é muito (mas muito) difícil

    A fórmula, desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, foi testada em mais de 40 mil pessoas espalhadas por 15 países e mostrou uma taxa de eficácia de 66%. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do imunizante no último mês de dezembro. Para que ele seja comercializado, falta definir apenas o preço na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

    Distribuição gratuita

    A recomendação da OMS é um dos fatores que podem influenciar o governo numa possível adoção da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, em janeiro deste ano, o então ministro da saúde Marcelo Castro não se mostrou muito favorável à ideia. Ele afirmou que a vacina é “muito cara” e que o esquema de aplicação em três doses torna o acompanhamento da imunização difícil. Segundo ele, para vacinar 10 milhões de pessoas, o custo poderia chegar a 3 bilhões de reais, e, como temos mais de 200 milhões de habitantes no país, ficaria inviável incluir a novidade no programa nacional de imunizações.

    Leia também: Por que o Aedes Aegypti se espalhou pelo mundo?

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    Outras vacinas

    O produto da Sanofi é o único no mundo que já foi liberado pelas agências regulatórias de alguns países, como Brasil, México, Filipinas e El Salvador. Mas existem estudos avançados para o desenvolvimento de alternativas. No Brasil, o Instituto Butantan — em parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos — já está na última fase de testes de sua versão do imunizante. A expectativa é que, se tudo correr bem, ela esteja disponível nos próximos dois ou três anos.

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