Na desnatação, o que se manda embora é a gordura: ao ficar com 0,5% de matéria gorda, essa versão é menos calórica. Por outro lado, perdem-se também substâncias como a vitamina D, que favorece a absorção de cálcio, e parte das proteínas. Já no quesito teor de lactose, quase não há diferença de nível entre o desnatado e o integral.
Portanto, se a ideia for investir no tipo mais magro de olho no controle dos desconfortos causados pelo açúcar do leite, não vale a pena. A bem da verdade, o integral cai melhor para quem sofre de intolerância. E o pulo do gato está justamente na gordura que ele carrega – por causa dela, a bebida é digerida mais lentamente. Aí a lactose chega de tantinho em tantinho ao intestino, evitando aquela concentração de gases e água, gatilho para as manifestações do distúrbio. Claro que tudo dependerá da carga da enzima lactase produzida.
E a versão em pó?
Na prática, é o tipo desidratado da bebida, no qual ela perde a maior parte da água de sua composição, preservando, no máximo, cerca de 5%. O restante é formado de gorduras, proteínas, vitaminas e sais minerais. O processo de desidratação passa por uma temperatura altíssima, e o que sobra são os nutrientes superconcentrados – inclusive a lactose. Se a gente olhar a tabela do Conselho Nacional de Laticínios (Conil), leva um susto. Ela mostra que o leite em pó desnatado carrega 52,9% de lactose, e o integral, 37,5%. Mas calma lá, pois é preciso ponderar. Lembre-se de que o produto será diluído, então tudo dependerá da proporção usada na reconstituição. Caso pretenda utilizar o ingrediente em pó para fazer bolo, musse ou pudim, considere a alta concentração de lactose e, se for o caso, adapte a receita ao seu grau de tolerância.