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Novo remédio é eficaz para tratar colesterol muito elevado

Estudo mostra que injeções quinzenais diminuíram a necessidade de terapias complementares

Por André Biernath
Atualizado em 18 jul 2018, 10h53 - Publicado em 29 mar 2016, 11h52
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  • O fármaco alirocumabe, produzido pelas farmacêuticas Sanofi e Regeneron, já está liberado para uso nos Estados Unidos e na Europa — a previsão é que chegue ao Brasil em meados de 2017. Uma nova pesquisa acaba de constatar um benefício extra no tratamento com essa droga: ela diminui a necessidade de retirar o excesso de colesterol da circulação por meio de uma máquina que filtra o sangue. O processo, chamado de aférese terapêutica, funciona como uma hemodiálise e precisa ser feito todas as semanas em alguns pacientes que têm hipercolesterolemia familiar, um tipo de colesterol altíssimo de origem genética.

    Na experiência, 62 voluntários de 14 centros médicos dos Estados Unidos e da Alemanha foram divididos em dois grupos. O primeiro realizou o tratamento padrão, à base de comprimidos, enquanto a outra parcela acrescentou à rotina uma injeção de alirocumabe a cada quinze dias. Após algumas semanas, aqueles que realizaram a terapia dupla reduziram a necessidade da aférese terapêutica em 75%. Mais de 60% deles também não precisavam mais realizar a filtragem regular do sangue. O resultado foi bastante comemorado, uma vez que a aférese custa mais de 100 mil dólares anuais por paciente, leva mais de três horas por sessão e precisa ser realizada até duas vezes na semana.

    Leia mais: 20 trocas alimentares que ajudam a manter o colesterol sob controle

    O alirocumabe é uma das primeiras drogas da classe dos inibidores de PCSK9, que prometem revolucionar a forma de baixar pra valer o colesterol. Elas agem numa proteína que destrói receptores do fígado responsáveis por captar o LDL da circulação e manter as taxas dentro do controle. Além dele, já está aprovado em terras americanas o evolucumabe, do laboratório Amgen. O bococizumabe, desenvolvido pela Pfizer, está nas últimas etapas de estudo. Eles seriam indicados apenas quando as estatinas, medicamentos consagrados para baixar o colesterol, não conseguem dar conta do recado.

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