Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Novo estudo acende alerta para bem-estar dos cuidadores de pessoas doentes

Quem dá suporte a um ente querido com problemas de saúde fica sujeito a descuidar de si próprio

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 20 mar 2019, 11h15 - Publicado em 27 set 2018, 17h02

A função de cuidar de alguém doente em casa pode cair no colo da família, já que nem sempre há condições de contratar um enfermeiro. O problema é que, por colocarem o indivíduo debilitado em primeiro lugar, os cuidadores não profissionais tendem a deixar a própria saúde um pouco de lado. Pensando nisso, a farmacêutica Merck criou a iniciativa Embracing Careers, que acaba de chegar ao Brasil – primeiro país da América Latina a receber o projeto.

Como parte dele, foi realizada uma pesquisa em nosso país para verificar a saúde desse pessoal que se dedica a um familiar. Para isso, a Censuswide realizou 578 entrevistas online, entre julho e agosto de 2018, com participantes de 18 a 75 anos – mas a maioria tinha de 35 a 55 anos.

Também foram consideradas 67 entrevistas via Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Grupar-EncontrAR, Instituto Oncoguia, Blogueiros da Saúde e Amigos Múltiplos pela Esclerose.

Os dados, divulgados na quarta (26 de setembro) durante o Congresso Todos Juntos Contra o Câncer, em São Paulo, são reveladores. Para começar, 46% dos entrevistados cuidam de seus pais. Todo esse pessoal passa, em média, 24 horas por semana nessa função.

Continua após a publicidade

Agora, o que mais chama a atenção: 53% declararam se sentir cansados na maior parte do tempo e 46% contaram não ter uma brecha na agenda para marcar ou comparecer às próprias consultas médicas.

Para completar, 61% assumiram que precisam de atendimento em decorrência de sua saúde mental. E dois a cada cinco cuidadores disseram colocar o bem-estar do paciente acima do seu. Apesar disso, 68% dos respondentes afirmaram que zelar pela pessoa amada ajuda a apreciar mais a vida, enquanto 57% citaram que, embora desafiadora, essa função traz recompensas.

Continua após a publicidade

“O brasileiro não considera o fato de ter que cuidar de um ente querido um peso. Para ele, é uma demonstração de carinho”, analisa o diretor médico da Merck Brasil, Ricardo Blum.

Apesar disso, é preciso focar bastante na saúde desses indivíduos que se dedicam a alguém doente. “O familiar é de extrema importância para que o paciente seja tratado adequadamente e, sua trajetória, suavizada. Então, é necessário que ele esteja bem”, afirma Blum.

Ele relata que no mundo inteiro o foco do atendimento médico ainda é o paciente e que não existem clínicas pensadas para os cuidadores. “É um problema de saúde pública que não recebe atenção. O primeiro passo para mudar isso é levantar o debate”, aponta. Até porque se essa rede de apoio ganha destaque e acompanhamento próximo, o familiar doente acaba beneficiado também.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.