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Intolerância e alergia ao leite são a mesma coisa?

De jeito nenhum! Explicamos as diferenças para você

Por Redação Saúde é Vital
Atualizado em 8 nov 2018, 10h47 - Publicado em 13 set 2016, 06h30
Alex Silva
Alex Silva (/)
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Embora muita gente confunda as duas condições e o culpado seja o mesmo alimento, elas são bem diferentes. Na intolerância, o problema está na carência da enzima que digere a lactose, que é um açúcar. Trata-se de uma reação do intestino, portanto. Já a alergia constitui uma resposta do sistema imune a uma proteína do leite de vaca. Esse nutriente, geralmente muito bem-vindo, é visto como um inimigo. Aí as células de defesa partem para o ataque. As consequências podem envolver diversos órgãos, provocando inchaço nos lábios, coceira, manchas avermelhadas na pele, tosse, falta de ar e… diarreia. Os quadros mais severos chegam a levar ao choque anafilático e até a morte. Por vezes, a alergia surge nos primeiros meses de vida, mas a boa notícia é que tende a desaparecer até os 5 anos de idade.

As diferenças no cardápio 

O intolerante, na maioria das vezes, só precisa ajustar a dose diária de lactose que seu organismo suporta. Já o alérgico deve suprimir da dieta toda e qualquer presença da proteína do leite de vaca, inclusive alimentos com traços mínimos desse nutriente. No segundo caso, também saem de cena medicamentos e até produtos de higiene cujas fórmulas contemplem ingredientes à base da proteína.

Dá para perceber que o impacto no cardápio de quem tem alergia é maior, certo? O bebê que está mamando no peito tem garantida sua porção de cálcio e vitaminas, porque não é preciso interromper o aleitamento. A mãe, sim, precisa ficar bem atenta, evitando comer qualquer item com a proteína do leite de vaca na composição.

O acompanhamento de pediatra e nutricionista se mostra fundamental para evitar equívocos capazes de levar os pequenos à desnutrição. Na fase pós-aleitamento materno, a criança passará a tomar leites infantis especiais, feitos de proteínas hidrolisadas, ou seja, quebradas em moléculas muito menores e, portanto, com baixo potencial de disparar uma reação alérgica. Se esse cuidado não for suficiente, pode-se lançar mão de fórmulas à base de aminoácidos (mais quebrado, impossível).

Aos maiorzinhos que tiverem de seguir sem ingerir leite, queijos e iogurtes será preciso oferecer outras fontes de cálcio, reforçando no menu ingredientes como sardinha, brócolis e folhas verdes. Mesmo assim, é recomendável manter visitas regulares a um especialista para receber orientações e, se for o caso, a indicação de suplemento desse mineral.

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