Hipertireoidismo na gravidez aumenta o risco de pré-eclâmpsia
O excesso na produção de hormônios da tireoide pode predispor a essa condição perigosa tanto para a mãe quanto para o bebê
Segundo um novo estudo do Centro Médico Universitário Erasmus, em Rotterdam, na Holanda, as futuras mamães devem ficar de olhos bem abertos para eventuais alterações na tireoide, a glândula localizada na altura do pescoço. Participaram da pesquisa 5 153 mulheres no início da gestação — até no máximo a 18ª semana.
Através de exames de sangue, os cientistas descobriram que as voluntárias com níveis elevados de hormônio tireoidiano tinham uma probabilidade de três a 11 vezes maior de desenvolver pré-eclâmpsia, um quadro de pressão alta induzida pela gravidez. Se nada é feito, ele pode evoluir para a eclâmpsia, que provoca convulsões e, em casos extremos, até morte da mãe e do bebê.
Mas cabe uma ressalva: o corpo da grávida produz um hormônio chamado hCG, que geralmente desequilibra o trabalho da tireoide. E a boa nova é que os pesquisadores só encontraram uma relação entre disfunções tireoidianas na gestação e a pré-eclâmpsia quando a origem dessas alterações não vinha do tal hCG. Em outras palavras, não é qualquer hipertireoidismo que favorece esse baita problema.