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Entenda o que é o câncer de laringe e previna-se da doença

Aprenda a se cuidar contra a doença que atinge o ex-presidente Lula

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 out 2016, 19h06 - Publicado em 30 out 2011, 22h00

Maçã é um adstringente e tonificante natural que ajuda a cuidar da voz
Foto: Getty Images


Prestar atenção nas alterações sonoras pode ajudar a identificar distúrbios que vão de uma rouquidão em estágio inicial ao câncer. Alguns cuidados podem não apenas garantir a saúde da voz, mas também retardar o envelhecimento. “Trata-se de um fenômeno natural que começa no nascimento”, explica o otorrinolaringologista José Antônio Pinto, presidente da Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz.

É na puberdade que ocorre uma das principais alterações – a chamada muda vocal. “Nos homens, o timbre fica mais grave em uma oitava”, diz a fonoaudióloga mineira Janaína Pimenta. “Nas mulheres, há uma mudança de quatro tons.” Por volta dos 18 anos, as pregas vocais, já maduras, vão adquirir o timbre pessoal – a marca registrada de cada um de nós.

O auge da vitalidade, porém, ocorre mais tarde, entre 25 e 45 anos. Daí em diante, os hormônios e o desgaste provocado pelo tempo passam a interferir, lenta e progressivamente, na elasticidade e no movimento vibratório dessas pregas. Isso não é tudo. A atrofia muscular e as falhas na condução neural, que dificultam a transmissão dos impulsos nervosos, também comprometem a capacidade vocal. Os idosos demonstram mais os estragos provocados pelo tempo. A voz torna-se trêmula, irregular e com pouca projeção.
 
Emissão dos sons
As cordas vocais ficam na laringe, que produz a energia sonora. Já a faringe, as fossas nasais e a boca (que também integra o sistema digestivo) funcionam como caixas de ressonância. Outros órgãos compõem o aparelho fonador. São eles os pulmões, os brônquios e a traquéia. Juntos fornecem a corrente de ar que permite a saída dos sons.
 
Toda alteração – como rouquidão, pigarro, sensação de inchaço, dificuldade para engolir e ardência -, prolongada por mais de duas semanas, merece a atenção de um especialista. “Pode ser um câncer, que, diagnosticado no início, tem 100% de chances de cura”, alerta Aníssia Naime, especialista em otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Não descuide: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países com maior incidência de câncer de laringe – doença que atualmente atinge o ex-presidente Lula.

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O primeiro passo da prevenção é afastar os dois principais inimigos da voz – o cigarro, responsável por 95% dos casos de câncer de laringe, e o refluxo gastroesofágico. Este distúrbio se caracteriza pelo excesso de acidez no estômago, que atinge pregas vocais e causa irritação.

Prevenção

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Foto: Getty Images

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Ao montar sua dieta, procure comer maçã, que atua como adstringente e tonificante. Inclua também salsão na dieta, que ajuda a diminuir a viscosidade do muco nas pregas vocais e na região bucal, diminuindo a formação de pigarro.

Dormir bem é fundamental. Repare que, ao acordar, a voz está meio rouca. Isso acontece devido ao inchaço das pregas vocais. Articular bem as palavras e desenvolver uma impostação e ritmo de fala naturais são medidas que evitam a formação de nódulos e pólipos. Tomar bastante líquido hidrata as pregas vocais e todos os órgãos que compõem o aparelho fonador. Aguardar a digestão antes de ir para a cama evita o refluxo estomacal.

Evite mel, leite, café e chocolate. Esses alimentos aumentam a viscosidade do muco, provocando pigarro. Fuja de condimentos, como gengibre, cravo e canela, pois machucam a mucosa. A própolis também é um irritante, embora tenha efeito anestésico. Largue o cigarro. Ele é uma das causas de câncer de laringe. Deixe de falar alto, gritar, sussurrar, pigarrear e conversar em ambientes barulhentos, forçando tons agudos ou graves. O ar condicionado resseca a mucosa vocal. Em excesso, o álcool, vasodilatador, pode romper os vasos sangüíneos das pregas vocais.

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