Para superobesos, o balão visa melhorar as condições para a cirurgia
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Nem todas as pessoas que estão a um passo de se tornarem obesas conseguem perder os quilos extras e se livrar dos riscos ligados ao acúmulo de gordura por meio de mudanças no estilo de vida ou com a ajuda de remédios.
A elas se destina uma nova alternativa terapêutica, o balão intragástrico, que recebeu aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, para impedir que o sobrepeso evolua e se transforme em obesidade de fato. “O balão é colocado em um procedimento endoscópico simples e retarda o esvaziamento do estômago”, explica o cirurgião do aparelho digestivo José Afonso Sallet, de São Paulo.
Com dez anos de existência, a técnica era empregada sobretudo em indivíduos muito gordos que não podiam ser operados.
As indicações hoje
Em quem o balão pode ser instalado, de acordo com o índice de massa corporal (IMC)
IMC – 27: indivíduos com sobrepeso, com risco de se tornarem obesos
IMC – 35: obesos com doenças como diabete e que não querem ser operados
IMC – 40: obesos sem um problema associado e que não podem ser operados
IMC – 50: superobesos. O balão visa a melhorar as condições para a cirurgia
O balão em ação
Como ele é instalado e favorece a perda de peso
1. Entrada por endoscopia
A pessoa é anestesiada e um tubo é introduzido pela boca até o estômago. O balão de silicone, ainda murcho, é inserido e, então, insuflado lá dentro. O indivíduo volta para casa horas depois ou pode ficar um dia no hospital.
2. O que faz o balão
Uma vez cheio, ele permanece dentro do estômago até seis meses. Ali, adere aos alimentos sólidos, o que retarda o esvaziamento gástrico e, assim, prolonga a saciedade. Quando seu prazo de validade expira, é retirado via endoscopia.