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Coqueluche: por que os adultos devem se preocupar com ela

Nos últimos anos, o número de casos dessa doença vem aumentando - e não só entre as crianças. Os mais velhos também podem ter a enfermidade e são os que mais a transmitem aos pequenos. Conheça os riscos que ela oferece e como se prevenir.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 28 out 2016, 05h18 - Publicado em 24 set 2014, 22h00
Luiza Monteiro
Luiza Monteiro (/)
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Engana-se quem pensa que coqueluche é um problema exclusivo de bebês. Dados do Ministério da Saúde apontam que o número de casos dessa doença respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis vem aumentando entre crianças, adolescentes e adultos de diversas regiões do país desde 2011. Vários motivos podem explicar esse cenário, mas a principal hipótese é que os mais velhos não reforçam a vacina como deveriam. “As doses que recebemos quando pequenos não protegem por mais de dez anos”, informa a infectologista Isabella Balallai, presidente da Comissão de Revisão de Calendário e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). E sem a devida proteção, são exatamente as pessoas das faixas etárias mais altas que transmitem a doença para a criançada.

Os riscos que a doença oferece

A coqueluche não ameaça os adultos da mesma forma que as crianças. Neles, a doença costuma ser confundida com um resfriado. “O principal sintoma é a tosse prolongada, que pode se estender por mais de um mês”, diz Isabella. Por isso, é comum que o paciente (e, muitas vezes, o próprio médico) não desconfie que o quadro se deve, na verdade, a uma infecção pela Bordetella. Acontece que, enquanto o diagnóstico não vem, a bactéria é facilmente transmitida por meio de gotículas eliminadas quando a pessoa tosse, espirra ou fala.

E é aí que mora o perigo, principalmente se há um bebê na casa. Isso porque, em crianças menores de 1 ano – que ainda não tomaram todas as doses da vacina -, não é raro que a doença evolua para uma pneumonia ou até a morte. “Eles estão mais expostos por terem uma imunidade menor e um aparelho cardiorrespiratório frágil”, explica a médica da SBIm.

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A importância da vacina

A maneira mais eficaz de evitar a coqueluche é por meio da vacina – a tríplice bacteriana acelular, que protege também contra tétano e difteria. As três primeiras doses são dadas, respectivamente, aos 2, 4 e 6 meses de vida. Depois, a criança recebe a medicação aos 2 anos e a última aplicação ocorre entre 4 e 6 anos de idade. Como a proteção não dura muito tempo, é recomendado que, a partir da adolescência, um reforço do imunizante seja dado a cada dez anos.

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Coqueluche e gestantes

No caso das grávidas, tomar o repeteco da vacina é muito importante. O melhor é que o encontro com a seringa ocorra no terceiro trimestre da gestação, período em que a mãe mais transmite anticorpos para o bebê. Desse modo, o pequeno estará protegido durante os primeiros meses de vida. “O ideal é se vacinar a partir da 26ª semana gestacional”, aconselha a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. E vale dizer: a imunização contra a coqueluche é necessária a cada gravidez.

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