Entre maio e junho deste ano, 2 010 pessoas foram entrevistadas para um levantamento encomendado pela farmacêutica Boehringer Ingelheim do Brasil. Os resultados põem a Região Sul como a com maior incidência de doenças respiratórias — 65% dos casos vieram dessa parte do país. É que as temperaturas baixas favorecem o mau funcionamento das vias aéreas. Na batalha dos sexos, parece que as mulheres saíram atrás: 46% delas relataram dificuldades para respirar, contra 39% dos homens.
No total, 44% dos brasileiros apresentam sintomas como tosse, falta de ar e chiado no peito. Vale lembrar que sinais assim podem estar associados a asma, bronquite e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Daí a importância de conversar com um médico, em especial se essas chateações não vão embora nunca.
Entre todos esses dados, um especificamente salta aos olhos por representar uma contradição. Enquanto 91% dos participantes relataram ter a asma controlada, 72% diziam sentir as consequências do problema em sua rotina. De acordo com o professor de pneumologia da Universidade Federal de São Paulo, Clystenes Odyr Soares, esse paradoxo de informações indica um descuido das pessoas em relação à doença e aos sintomas não valorizados.