Nas comunidades rurais de São Francisco e Jaíba, no norte mineiro, muitos adolescentes exibiam dentes manchados e quebrados. A população achava que era cárie e culpava a falta de higiene da molecada. Até que uma equipe da Universidade Federal de Minas Gerais foi à região e comprovou que, na verdade, o problema estava na água de beber.
Em zonas áridas, ela vem de poços profundos e, assim, lotada de flúor. Calma: não é que esse mineral, presente em diversos cremes dentais, seja sempre ruim. Mas, em excesso, deixa a dentição fragilizada e prejudica o sorriso – condição conhecida como fluorose.
Depois da descoberta, o time de pesquisadores ensinou os moradores sobre a real origem do transtorno e apresentou alternativas para matar a sede, como utilizar a água distribuída por caminhões-pipa ou lançar mão de um filtro doméstico especial.
Pensa que acabou? Pois o projeto recuperou os dentes danificados pela carga extra de flúor em crianças e adolescentes. Após o tratamento, os meninos mineiros não tinham mais vergonha de sorrir.
A iniciativa conquistou o Prêmio SAÚDE de 2012 na Categoria Saúde Bucal. E, se você é profissional da área e também desenvolve um projeto que beneficie a população, ainda dá tempo de inscrever seu trabalho no https://premiosaude.com.br.