Quase metade da população enfrenta problemas com o colesterol, sempre associado a infartos e derrames quando está em excesso. Mas a grande verdade é que sem ele a gente não sobreviveria. Ele é essencial ao organismo, pois desempenha funções vitais, serve de matéria-prima para a produção de hormônios, do ácido biliar que regula a digestão e da vitamina D, e entra na construção de membranas celulares.
E essas são apenas algumas de suas nobres funções. Então o jeito é manter suas taxas no devido lugar. Apesar de conhecido como gordura, quimicamente ele é um álcool. A confusão tem razão de ser: de fato o colesterol se comporta como um lipídeo pois só circula acoplado a moléculas chamadas de lipoproteínas – que, como o próprio nome diz, estão cheias de lipídeos e proteínas.
Conforme a carga de colesterol que elas carregam, elas podem ser de dois tipos: LDL, conhecido como mau colesterol, ou HDL, o famoso bom colesterol. Os valores considerados ideais no sangue dependem dos fatores de risco da pessoa. Veja a seguir os resultados desejados do exame de colesterol e frações:
Colesterol total
Desejável: abaixo de 190 mg/dl
LDL
Indivíduos com risco baixo: abaixo de 130 mg/dl
Indivíduos com risco intermediário: abaixo de 100 mg/dl
Indivíduos com risco alto: abaixo de 70 mg/dl
Indivíduos com risco muito alto: abaixo de 50 mg/dl
HDL
Desejável: acima de 40 mg/dl
O colesterol das crianças
Nos últimos anos tem aumentado, e muito, o número de crianças com altos níveis de colesterol. A culpa aqui é da alimentação dos pequenos, cada vez mais rica em comidas industrializadas e fast-food. O risco para essa turminha é enorme: quanto mais tempo esse vilão perambula pelo sangue, mais estragos é capaz de fazer. E atenção: o valor ideal para os pequenos é diferente dos adultos. Para eles, um colesterol total de 170 já é alto demais.