O número impressiona: a doença que enfraquece o esqueleto e eleva o risco de fraturas ameaça até 70% das mulheres acima dos 50 anos. O índice preocupa ainda mais porque o tratamento, feito com remédios ou reposição hormonal, apresenta efeitos colaterais e precisa ser seguido pelo resto da vida.
Pensando nisso, especialistas de três instituições de São Paulo resolveram testar um método diferente. A ideia era aproveitar as trompas de falópio de mulheres férteis – que o próprio grupo provou serem fontes importantes de células-tronco – para estimular a fabricação de mais massa óssea.
Os cientistas aplicaram o material recolhido em seis ratos durante 90 dias. Aí, observaram que, na região onde as células especiais foram aplicadas, houve maior formação de osso. Já em outra parte do corpo dos bichinhos, que só entrou em contato com um composto inerte, nada mudou.
A descoberta supreendente de que o sistema reprodutor pode abrigar uma esperança no mal que fragiliza o esqueleto venceu a categoria Saúde da Mulher do Prêmio SAÚDE de 2010. Em 2015, a premiação revela pelo décimo ano novas empreitadas dos profissionais de saúde brasileiros em busca do bem-estar da população. Os ganhadores serão conhecidos na próxima quarta à noite — e você pode conferir tudo nas nossas mídias sociais e no site da revista.