Soltar a voz é uma maneira eficaz de aprimorar a função cerebral de pessoas com demência. Essa foi a conclusão de um trabalho da Universidade de Helsinki, na Finlândia. Os cientistas dividiram 89 pessoas com Alzheimer em dois grupos: o primeiro participou de um treinamento musical por dez semanas, enquanto a segunda turma só seguiu com suas tarefas habituais. “Nós escolhemos canções familiares, que eram emocionalmente relevantes para eles”, descreve o psicólogo Teppo Särkämö, que assina o experimento. Após as aulas, aqueles que cantaram exibiram melhoras significativas na memória, no raciocínio e na habilidade de se localizar. “A música ativa uma variedade enorme de regiões cerebrais, o que ajuda a protegê-las do processo degenerativo típico dessa doença”, completa.
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O documentário Alive Inside, dirigido pelo americano Michael Rossato-Bennett, mostra como a música pode ser uma aliada importante no tratamento de doenças neurodegenerativas. O filme foi vencedor do Festival Sundance de 2014. No trecho abaixo (em inglês), você confere como Henry, um senhor diagnosticado com demência, se transforma ao escutar suas canções prediletas: