Qualquer raaça pode passar pelo adestramento, que dura dois anos.
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Após adestramento, cães conseguiram acusar casos de queda acentuada dos níveis de glicose em pessoas com diabete tipo 1. É o que mostrou um experimento da Universidade de Bristol, no Reino Unido. Os médicos entrevistaram diabéticos que passaram a contar com o auxílio de cachorros treinados para detectar essas crises. Os voluntários relataram menos episódios de inconsciência e mais autonomia depois da chegada das mascotes. “O terror dessas pessoas é a hipoglicemia noturna. Os índices de glicose baixam e o indivíduo não percebe”, conta o endocrinologista Balduino Tschiedel, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. Hoje existe um sensor de glicose subcutânea, mas o equipamento é caro e sujeito a falhas. “Ter um cão treinado por perto traria, portanto, mais segurança”, opina Tschiedel.
Focinho alerta
O adestramento poderia ser feito com qualquer raça e leva em média dois anos. Veja como o cão age para identificar a crise.
1. Quando o nível de açúcar no sangue cai, o organismo libera hormônios que fazem suar.
2. Misturado às bactérias presentes na pele, o suor produz um odor, reconhecido pelos animais.
3. No caso de a glicose disparar, o hálito do diabético fica com cheiro de maçã madura.
4. Ao identificar essas variações, os cães treinados latem e pulam, até que se tome uma providência.