Brasileiros criam teste mais eficaz para detectar zika
Método é capaz de identificar anticorpos mesmo depois de o vírus ter sido eliminado do organismo
Mães de bebês com microcefalia que moram em Itabaiana (Sergipe), um dos municípios mais afetados pelo surto de zika, ainda não tinham certeza de que a malformação havia sido causada por ele. Mas com um novo teste desenvolvido por uma equipe do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), elas finalmente obtiveram confirmação.
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O método se vale de técnicas biomoleculares para identificar os anticorpos que combatem o vírus — mesmo depois de ele já ter sido aniquilado pelas defesas do corpo. Resultado de uma parceria entre laboratórios integrantes da chamada Rede Zika, essa novidade pode ser uma importante ferramenta para reunir dados mais precisos sobre o número de infecções por zika no país. E, principalmente, para oferecer um diagnóstico rápido e fácil (em especial às gestantes).
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Os subprodutos necessários para a elaboração do exame já estão em produção emergencial e serão distribuídos gratuitamente para centros de pesquisa e laboratórios da Rede Zika. A equipe busca ainda uma parceria com o Instituto Butantan para que um novo kit de diagnóstico seja distribuído em hospitais e bancos de sangue de todo o país.