Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

As melhores (e piores) atitudes para combater o bullying

Professores, pais, pediatras e alunos devem se envolver na luta contra esse problema, capaz de provocar traumas para a vida inteira

Por Karolina Bergamo
Atualizado em 17 abr 2018, 14h51 - Publicado em 15 abr 2018, 15h00

Uma pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de países que mais abrigam o bullying. Para ter ideia, 43% das crianças e dos jovens estão passando por apuros, como atitudes agressivas e intimidação. Encontrar as peças certas para prevenir ou eliminar esse comportamento exige o envolvimento de diversos atores. Família, escola e os próprios estudantes têm um papel a cumprir no combate às manifestações hostis. Veja o que os especialistas incentivam e o que contraindicam para a paz voltar a reinar.

Atitudes bem-vindas

Falar do assunto em sala de aula

É fundamental que os professores conversem com naturalidade e expliquem o que configura o bullying aos alunos. Nas classes podem ser realizadas inclusive atividades lúdicas e preventivas.Experts defendem que o tema precisa ser inserido no currículo escolar a fim de que os frutos sejam colhidos no longo prazo.

Ensinar por meio do exemplo

A falta de modelos positivos colabora muito para o bullying surgir e se perpetuar. É comum que uma criança, seja ela alvo, seja autora, esteja com dificuldades dentro de casa ou na escola. Pais e professores violentos estimulam atitudes similares por parte dos mais jovens.

Continua após a publicidade

Respeitar as diferenças

Em casa e no colégio, crianças precisam aprender desde cedo que o preconceito só traz prejuízos a si e ao grupo. E devem ser estimuladas a enxergar as necessidades ou o sofrimento do outro, com o intuito de impedir ou frear atos ofensivos. O ideal é que os jovens incorporem esses valores naturalmente e não sob o medo da repreensão.

Intervir no ato do bullying

Interferir no momento exato e apontar o que há de errado ajuda a evitar que o problema ganhe terreno, fuja do controle e fique posteriormente ainda mais grave. Sem contar que serve de exemplo para que outras crianças não cometam ou repitam comportamentos indesejáveis.

Continua após a publicidade

Professores, pais e pediatras devem conversar sobre o comportamento do filho na escola, buscando, se preciso, soluções conjuntas.

Não deixar de envolver a família

Pais e cuidadores têm participação direta na contenção do bullying. Se os familiares não estabelecem diálogos, impõem limites e restringem acesso a várias formas de violência (na TV, na internet…), a criança não terá consciência de suas atitudes agressivas. Aliás, escola e família precisam se unir em qualquer caso do tipo.

Vale lembrar que não é raro que o hábito de importunar os outros comece em casa entre irmãos, o que pode se reproduzir na sala de aula.

Continua após a publicidade

Ouvir o que os alunos têm a dizer

As escolas devem promover espaços de diálogo que favoreçam os laços afetivos e melhorem a qualidade das relações. E isso inclui prestar atenção ao que sentem e expressam os próprios estudantes. As principais pistas para identificar, resolver e evitar os casos de bullying estão com os protagonistas dos episódios.

Atitudes contraindicadas

Fingir que não tem problema

Está aí um dos maiores erros quando o assunto é bullying. Muitos adultos encaram a questão como algo menor, passageiro ou simplesmente como parte da formação escolar. Não dá para menosprezar as ofensas e suas consequências. O comportamento agressivo gera traumas, alguns deles difíceis de superar.

Continua após a publicidade

Punir severamente os agressores

Medidas radicais raramente resolvem. Nada supera uma abordagem detalhada, humana e que visa à construção de relacionamentos mais coesos. Psicólogos e médicos com expertise na área podem ser necessários para auxiliar o autor do bullying a vencer dificuldades e aprender um novo jeito de se portar.

Não ter um adulto por perto

No ambiente escolar, a presença de professores e monitores faz toda a diferença – sobretudo no recreio e nos intervalos. É geralmente na ausência dos adultos que o bullying se manifesta. Na verdade, os educadores devem instigar os alunos a ter limites por respeito mútuo e não pelo medo de castigo.

Fontes: Joel Conceição Bressa da Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria; Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams, psicóloga e professora da Universidade Federal de São Carlos; Maria Isabel da Silva Leme, psicóloga do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo; Cléo Fante, pedagoga especialista em bullying (SP)

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.