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A solidariedade se multiplica durante a pandemia de Covid-19

Idosos, pessoas com problemas psicológicos e indivíduos em situação de rua são beneficiados por iniciativas que se espalham pelo país diante do coronavírus

Por Tiago Varella, da Agência Einstein
Atualizado em 18 ago 2020, 10h47 - Publicado em 10 abr 2020, 16h06

Neste momento de combate ao novo coronavírus, a solidariedade se tornou uma das principais armas contra a pandemia. Muitos voluntários têm se mobilizado para ajudar pessoas em estado de vulnerabilidade social, idosos —mais suscetíveis a complicações da Covid-19 — e quem precisa de apoio psicológico.

Distribuição de alimentos, doação de produtos de higiene pessoal e consultas gratuitas são algumas das ações solidárias que se espalham pelo país. São cidadãos e instituições se unindo para enfrentar e superar uma das maiores crises de saúde pública do mundo.

De acordo com Cris Fernández Andrada, professora do Departamento de Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a principal motivação das iniciativas solidárias está relacionada ao reconhecimento da dor do outro. “Seres humanos são seres coletivos que se identificam com a mesma condição diante de crises agudas que ameaçam nossa existência”, explica.

Foi exatamente com esse sentimento de identificação que Talal Al-tinawi, engenheiro mecânico que atualmente vende comida síria, resolveu distribuir 300 marmitas para idosos da capital paulista. A ideia é oferecer uma opção para que os mais velhos continuem em casa, sem correr risco de contaminação pelo coronavírus.

Em 2013, no ápice da guerra civil na Síria, Al-tinawi buscou refúgio no Brasil. “Meu país já passou por quarentena e sei como é difícil. Além disso, os brasileiros me ajudaram muito para que eu me adaptasse ao país, então acho que essa minha atitude é uma forma de contribuir e agradecer ao povo que me ajudou”, conta.

Os idosos também são foco de atenção em um condomínio residencial no bairro da Vila Mariana, em São Paulo. A administração disponibilizou na portaria uma lista com nomes e contatos de voluntários para serem acionados por pessoas do grupo de risco quando precisarem fazer algum serviço na rua.

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Por ter mãe e avó idosas, Silvia Vilhena, professora de inglês, teve empatia e se propôs a ajudar, fazendo compras no mercado e buscando remédios para idosos do edifício para que eles sigam a quarentena.

Já outro grupo também vulnerável ao coronavírus é o da população em situação de rua, que sofre com fome e ausência de opções para manter a higiene. “Com a chegada da pandemia, muitos pararam de doar comida e o número de moradores de rua que atendemos aumentou”, explica o frei João Paulo de Moraes, integrante do Sefras – Associação Franciscana de Solidariedade.

“Ampliamos o serviço de emergência durante a crise, abrindo nossos espaços em São Paulo para arrecadar alimentos e produtos de higiene para distribuir a essas pessoas e às famílias carentes”, relata.

Diante dos efeitos do coronavírus e do confinamento, muitas pessoas acabam ficando angustiadas e ansiosas. Para ajudar no controle emocional, a psicanalista Luiza Canato, de Santos, no litoral paulista, decidiu, com o apoio de dois colegas de profissão, oferecer atendimento psicológico gratuito por telefone ou chamada de vídeo.

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Juntos, os três disponibilizam cerca de dez consultas por dia, de segunda a sábado, para quem busca superar o medo da Covid-19 e o impacto de não poder sair e interagir fisicamente com as pessoas. A procura pelo serviço vem de todo o Brasil, principalmente de jovens do sexo masculino.

São em momentos de ruptura, portanto, que surgem as ações solidárias como um mecanismo de minimizar os danos diante da fragilidade humana e de se reconhecer no lugar do outro. “As iniciativas de solidariedade nos fazem sentir mais potentes no plano coletivo, ampliam nossa resistência e nos mostram que somos iguais e estamos juntos”, avalia Cris Andrada.

Este conteúdo foi produzido pela Agência Einstein.

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