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A doença de Alzheimer, por Julianne Moore

A atriz americana interpretou, em Para Sempre Alice, uma professora que começa a sofrer com esse mal precocemente, aos 50 anos (com reportagem de Interview Hub)

Por Theo Ruprecht Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 00h47 - Publicado em 15 abr 2015, 08h47
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A ciência ainda não foi capaz de encontrar a cura para a doença de Alzheimer, mas aponta que praticar atividade física, alimentar-se de forma saudável e manter a mente ativa  pode ajudar ao menos a retardar seu aparecimento. Lapsos de memória frequentes e déficits cognitivos em indivíduos de qualquer faixa etária são indicativos para discutir o assunto com um médico.

A trama de Para Sempre Alice aborda a trajetória de uma professora de Linguística que é diagnosticada com Alzheimer por volta dos 50 anos. Em geral, a doença neurodegenerativa acomete pessoas que já passaram dos 60 anos e prejudica progressivamente diversas funções cerebrais. Casos como o da personagem do longa-metragem americano são mais raros. No filme, a explicação é que a doença foi desencadeada por uma mutação genética hereditária. Julianne Moore, que interpreta a protagonista e levou o Oscar de melhor atriz de 2015 pelo papel, explora nesta entrevista uma visão diferente – e profunda – dos desafios impostos pelo Alzheimer.

Como você se preparou para fazer o papel que uma mulher que desenvolve Alzheimer?

Eu me esforcei para evitar as armadilhas que surgem ao interpretar alguém com uma doença. Para isso, me encontrei com vários pacientes e notei que o problema se manifesta de diversas maneiras. Mas o mais interessante é o fato de essas pessoas reterem traços de sua personalidade. E, enquanto elas estão tentando se expressar, essas características vêm à tona. Estamos falando de uma doença cruel e, portanto, é vital mostrar que seus portadores mantêm a dignidade.

Qual a maior dificuldade proporcionada por essa demência?

É aceitar e entender a gradual perda de você mesmo. O Alzheimer faz a gente contemplar a mortalidade de um jeito único. Todos sabemos que nosso tempo vai se esgotar alguma hora, mas essa doença nos leva a perguntar: quem sou seu e qual a minha essência? Uma vez que ela arranca suas capacidades cognitivas e a habilidade de se comunicar, você passa a imaginar o que de fato resta de você que define sua identidade.

Como sua personagem vê a própria vida de deteriorar?

Alice enfrenta a perda gradual dela mesma, e tudo está acontecendo aos 50 anos, época em que teria muito mais pela frente. Ela sabe que a vida está se dissolvendo e que, aliás, eventualmente vai perder a consciência desse processo degenerativo. Isso significa que resta a ela refletir sobre questões importantes sobre si e os outros seres humanos. Por exemplo: nós somos definidos pelo nosso trabalho? Ou pelos relacionamentos? Ou pela família? Esses foram assuntos interessantíssimos que eu comecei a explorar graças à Alice.

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O público se emocionou muito com o filme?

Sim. Até o meu marido ficou chorando durante a exibição. E ele quase nunca chora… Mas eu não caracterizo Para Sempre Alice como um filme pra baixo, apesar de ser triste e comovente. Para mim, é um longa sobre as descobertas de uma mulher a respeito do que significa ser humano. Ele coloca em pauta questões fundamentais da vida – como nossa mortalidade, assunto no qual evitamos entrar a fundo.

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