Clareamento de virilha é seguro? Conheça os métodos e os cuidados
Procedimentos estéticos com laser ou cremes podem envolver riscos

Com um mercado crescente buscando alterar a pele em várias partes do corpo, algo que ganhou espaço nos últimos tempos foi o clareamento de virilha. Por envolver uma região sensível, o cuidado necessário é redobrado, especialmente diante de tratamentos que prometem milagres.
É importante destacar que o escurecimento de partes íntimas é um processo normal. Embora a cor possa variar de pessoa para pessoa, ela muda por razões hormonais, de idade, fricções, inflamações e até a exposição à luz do sol.
As alternativas disponíveis hoje para clarear a região costumam ser seguras, mas o risco de complicações sempre existe. Aproximadamente 1% das pessoas podem ter efeitos colaterais indesejados. Em alguns casos, inclusive, levando ao efeito oposto do pretendido, com uma hiperpigmentação rebote.
A chance de problemas aumenta com o uso excessivo ou por períodos prolongados das técnicas de clareamento. Por isso, o procedimento deve sempre ser acompanhado por um médico dermatologista.
Conheça mais sobre as principais opções.
Procedimentos a laser
O uso de lasers, que normalmente são associados à resolução de condições que causam manchas na pele, como melasmas, também pode ser indicado para tratamentos na região íntima.
O tratamento é efetivo, mas, independentemente do tipo de laser utilizado, pacientes que passam por esses procedimentos podem vir a desenvolver hiperpigmentação pós-inflamatória.
Complicações costumam aparecer de três a seis meses após o procedimento, incluindo efeitos colaterais como cristas e pigmentação recorrente. A repetição da técnica depende de avaliação médica.
E os dermocosméticos?
Em geral, cremes que possuem a proposta de clarear pele de regiões íntimas ou axilas são pouco estudados, e podem possuir uma variedade muito grande de fórmulas. De modo geral, eles podem agir inibindo a enzima que gera a melanina ou o transporte dos grânulos do pigmento. Apesar de úteis para o clareamento, todos vêm acompanhados da possibilidade de efeitos colaterais.
Produtos contendo hidroquinona estão associados a um risco de dermatite, perda de elasticidade da pele e dificuldade de cicatrização. Vendido no Brasil, esse princípio ativo já tem uso restrito em outros países, como a Coreia do Sul.
Peelings a base de cisteamina podem causar sensação de queimação, irritação e pele seca, além de deixar resíduos de manchas. Já o ácido kójico pode provocar dermatite e fotossensitividade.
Considerada mais segura, a vitamina C (ou ácido ascórbico) só tem efetividade em áreas pequenas, mas penetra pouco na pele e acaba tendo uma atividade fraca para o clareamento.
Em qualquer cenário, a atenção deve ser redobrada porque, em muitos casos, há vendas sem receita ou usos que contrariam o indicado em bula, o que pode causar danos imprevisíveis. Evite utilizar um produto novo com fins estéticos sem recomendação profissional.