Reconhecido oficialmente em 2013, o transtorno alimentar restritivo evitativo, conhecido como Tare, é marcado por uma redução drástica na ingestão de comida.
Isso pode ter a ver com uma aversão a certas características dos alimentos — como textura, cor e aparência — ou medo de reações como engasgo.
Pois uma equipe do Instituto Karolinska, na Suécia, notou, em estudo com gêmeos, que 79% do risco de desenvolver o distúrbio tem a ver com a genética.
“A herdabilidade do Tare é maior do que a de outros transtornos muito conhecidos, como anorexia e bulimia”, conta a psiquiatra Christina Almeida Santos, membro da Academy for Eating Disorders.
“Essa descoberta permite a implantação de protocolos de rastreio de parentes próximos de quem tem Tare”, vislumbra a médica.
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Sinais de atenção
Segundo Christina Santos, que também é coordenadora da ATA — Atenção aos Transtornos Alimentares, em São José dos Pinhais (PR), o diagnóstico do Tare ocorre diante da incapacidade de a criança ou o adulto terem um padrão alimentar mínimo para garantir ganho de peso e altura compatíveis com sexo e idade.
Além disso, há fraqueza, dificuldade de concentração e ausência de menstruação. “Também se percebe um prejuízo na socialização”, alerta a psiquiatra.