Um levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostrou que a receita do pãozinho francês está longe de ser igual no país todo. Ao avaliar 1 quilo da massa em 13 estados e no Distrito Federal, a entidade detectou de 8 a 50 gramas de sal – uma variação de 625%. “O ideal é não exceder 18 gramas”, diz o cardiologista Celso Amodeo, diretor da SBC.
De qualquer forma, não daria para descuidar do resto da dieta. Afinal, ainda que se respeite o valor informado pelo médico, um pão teria, em média, 1 grama do ingrediente. E o recomendado é que a ingestão diária não extrapole 5 gramas (ou 2 mil miligramas de sódio). Só que o brasileiro come pelo menos o dobro disso. “E o abuso está ligado ao desenvolvimento da hipertensão e das doenças cardiovasculares”, lembra Amodeo.
Para não dar adeus
O jeito é saborear o pãozinho com moderação e, claro, ser criterioso quanto ao recheio. Queijos lotados de sódio, como prato e provolone, não são boas escolhas. O mesmo vale para presunto e outros embutidos. Melhor ir de queijo minas e ricota. Se topar variar, o pão de fôrma tende a ser menos salgado.
Reduzir 400 miligramas diários de sódio já preveniria 28 mil mortes por doença cardíaca em um ano