Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Oleaginosas podem tornar nossa microbiota mais amiga do coração

O estudo é mais uma prova da importância das bactérias que vivem no intestino para a saúde – e de que nozes e afins devem integrar uma dieta saudável

Por Chloé Pinheiro
30 jan 2020, 18h52

Uma porção diária de nozes, castanhas e outras oleaginosas pode alterar as bactérias do intestino — ou a microbiota — em favor do coração. É o que indica uma pesquisa feita pela Penn State University, nos Estados Unidos, publicada recentemente no periódico Journal of Nutrition.

Sabe-se que a microbiota intestinal (conjunto de micro-organismos que habita o órgão) tem uma participação no desenvolvimento de problemas cardiovasculares como a hipertensão. Mas ainda falta entender direito quais são as bactérias mais influentes e as intervenções eficazes para preservar a saúde cardíaca.

É nesse contexto que o novo estudo se encaixa. Os pesquisadores recrutaram 42 pessoas com obesidade ou sobrepeso, e idades entre 30 e 45 anos. Antes do experimento começar de fato, todos os participantes seguiram o mesmo cardápio por duas semanas.

Após isso, eles foram divididos aleatoriamente em três esquemas de dieta. O primeiro substituía fontes de gordura saturada por oleaginosas (entre 57 e 99 gramas ao dia). Já os outros dois trocavam os alimentos com gordura saturada por óleos vegetais com diferentes composições de gorduras saudáveis.

Continua após a publicidade

O plano alimentar durou seis semanas. Antes, durante e depois dele, os pesquisadores colheram amostras de fezes dos voluntários e fizeram exames relacionados à saúde cardíaca: medição de colesterol, triglicérides, pressão arterial e outros.

Ao final da investigação, notou-se que a turma consumidora de oleaginosas cultivou uma microbiota mais benéfica. “A dieta à base de nozes aumentou, no intestino dos voluntários, o número de bactérias que já foram associadas com benefícios à saúde no passado”, comentou à imprensa Penny Kris-Etherton, nutricionista que assina o artigo.

As bactérias que fazem bem ao coração

Especificamente, tipos específicos de bacilos passaram a povoar a microbiota após a dieta com nozes: Roseburia, Eubacterium eligens, Butyricicoccus, Leuconostocaceae e Lachnospiraceae. E esse fenômeno foi ligado a uma diminuição em marcadores de risco cardíaco, como pressão arterial e níveis de colesterol total e não-HDL.

Essas melhorias não foram observadas nos grupos que ingeriram os óleos vegetais. A hipótese dos cientistas é a de que as nozes inteiras forneçam, além das gorduras saudáveis, outras substâncias que alimentam as bactérias “do bem”, como fibras, vitaminas, minerais e outras.

Mais um ponto para o time formado por castanhas, noz, amêndoa, amendoim e pistache, que já bate um bolão quando o assunto é saúde. Para obter os benefícios, basta um punhado por dia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.