O frutinho típico da Amazônia tem tanta catequina quanto o chá verde, um reduto clássico dessa substância famosa pela sua ação antioxidante – ou seja, ela ajuda a blindar as células do corpo. Para botar à prova essa qualidade do guaraná, pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo pediram a 12 voluntários que consumissem 3 gramas do fruto em pó diluídos em 300 mililitros de água por 15 dias.
Eles notaram, entre outras coisas, que uma hora após a ingestão da bebida houve um incremento na atividade de enzimas antioxidantes. “E isso se manteve até o dia seguinte”, conta a química Lina Yonekura, professora da Universidade de Kagawa, no Japão, e uma das autoras do experimento. A mudança deixou, por exemplo, o colesterol LDL mais resistente à oxidação. “E sabemos que essa partícula oxidada está envolvida na formação de placas nas artérias e, assim, no maior risco de doenças cardíacas”, esclarece Lina.
Os refrigerantes de guaraná têm um teor pequeno do extrato do fruto, além de muito açúcar. Logo, não adianta buscar os benefícios ali
E as cápsulas?
Elas são úteis, já que se dissolvem rápido no estômago, liberando o guaraná em si. Mas, antes de sair recomendando o pó do fruto para a população, os cientistas acham essencial fazer mais estudos.