Dentro dos potinhos que enchem as gôndolas dos supermercados estão verdadeiros craques do time dos laticínios. Entretanto, a fim de evitar confusão na hora da escolha, já avisamos logo: nem tudo o que parece é, de fato, iogurte. O petit-suisse, por exemplo, constitui um tipo de queijo.
Para merecer a classificação, os iogurtes precisam contar com as bactérias Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus, celebradas por proporcionarem certos benefícios à saúde. Aí, sim, o conteúdo passa a receber dos especialistas a classificação de alimento de alta densidade nutricional – num pequeno volume, há porção generosa de cálcio, outros minerais e proteínas.
É por causa da dupla de micro-organismos responsável pela origem do iogurte que o item costuma agradar, inclusive, quem apresenta deficiência na produção de lactase. Ora, a lactose é transformada pelos bichinhos em ácido lático. Caem, assim, tanto a quantidade desse açúcar quanto o risco de aborrecimentos impostos à turma dos intolerantes.
Leve para casa, de preferência, o iogurte natural, sem adição de corantes e aromatizantes. Se quiser adoçá-lo, boas ideias são geleia de frutas 100% natural ou uma mistura de açúcar mascavo com canela. De modo a conseguir o bônus de vitaminas, frutas podem entrar no pote — morango e banana combinam superbem com o sabor levemente ácido e a textura da classe.
Segundo estudos realizados mundo afora, quem adiciona iogurtes à rotina têm menor probabilidade de engrossar as estatísticas da osteoporose, obesidade e doença cardiovascular, isso sem contar os ganhos à imunidade.
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Quando apostar nos iogurtes zero lactose?
As sensações desagradáveis da intolerância dificilmente determinam que a pessoa não possa tomar nem sequer uma gota de lácteo. E mesmo o iogurte convencional contém pouca lactose – são necessários três potes do produto para se alcançar a taxa de um copo de leite. De todo modo, nos casos em que o distúrbio se mostra mais severo e mínimas cotas do açúcar do leite já despertam perrengues digestivos, é bom poder contar com os iogurtes sem lactose, mantendo, assim, a presença desses lácteos – e a sua desejável contribuição de cálcio – na dieta.
Recentemente, algumas marcas lançaram diferentes versões zero: líquidas, mais consistentes, com ou sem pedaços de frutas. Na fabricação, elas recebem a enzima lactase, ou seja, simulam o que aconteceria no organismo, facilitando, assim, a digestão.
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E os probióticos dos leites fermentados, são bem-vindos?
Quando entram no nosso corpo em quantidade adequada, essas bactérias do bem se juntam à comunidade microscópica que vive no intestino. Ali, ajudam a impedir a proliferação de parasitas, eliminar substâncias tóxicas e reforçar o sistema imunológico. E zelar pelas redondezas intestinais se mostra crucial para o processamento adequado da lactose.
Como acontece com o iogurte, a concentração do açúcar do leite reduz durante a ação dos lactobacilos e das bifidobactérias dos leites fermentados. Tais probióticos, como são conhecidos no meio científico, são resistentes ao ácido gástrico e à bile e conseguem chegar vivinhos ao intestino. Só que, para colher as suas vantagens, a ingestão tem de ser regular.
Os probióticos também são encontrados em cápsulas e sachês. Nesses formatos, porém, é necessário obter orientação médica antes de consumi-los, pois a concentração ideal varia de pessoa para pessoa, e o exagero pode causar efeitos colaterais, como diarreia. E atenção: sozinhos, os potes de leite fermentado não fazem milagre. Um organismo em equilíbrio pede boas doses de verduras, frutas e cereais integrais, que fornecem fibras, vitaminas e minerais – tudo em prol da flora intestinal.