Toda feita de camadas brancas, amarelas ou roxas, a senhora dos anéis é estrela de uma análise publicada no periódico Food Science & Nutrition.
Pesquisadores coreanos se debruçaram em dezenas de estudos (inclusive ensaios clínicos) e concluíram que a cebola, em especial sua casca, pode ser coadjuvante no processo de perda de peso e redução da circunferência abdominal. Uma das apostas para tal feito atende pelo nome de quercetina.
“Existem evidências de que ela combate a inflamação e diminui os níveis de triglicérides”, contextualiza a nutricionista Tarcila Campos, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Dica: ao preparar, para não chorar na cozinha, mergulhe a cebola em água com gelo por 20 minutos antes da manipulação. O macete desacelera a reação química disparada quando ela é picada.
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Apesar dos louros em matéria de emagrecimento, fica o lembrete de Tarcila para quem já pensa em começar a “dieta da cebola”: “O tratamento da obesidade é muito complexo”.
Isso porque envolve diferentes abordagens, reeducação alimentar, apoio psicológico e, em alguns casos, remédios. Para além do peso, o melhor é incluir os anéis saborosos e cheios de atributos nas mais variadas preparações — da salada ao refogado.
Trabalhos científicos apontam a película externa da cebola, que envolve os anéis, como a parte mais rica em vitaminas, minerais e os aclamados antioxidantes, com destaque para a quercetina e a antocianina, no caso da versão roxa. Para não desperdiçar tamanha preciosidade, uma sugestão é incluir a casca — muito bem higienizada e de preferência de origem orgânica — nas receitas. Há quem seque no forno e bata até virar um tipo de farinha; daí é só usar no preparo de pães e tortas, por exemplo. O pó também perfuma os ensopados.