Típico do Cerrado brasileiro, o pequi se destaca não apenas pelo seu sabor único e estrutura incomum — com uma camada espinhosa entre a polpa e o caroço — mas também pelas suas propriedades nutricionais significativas.
Também conhecida como piqui, pequiá, piquiá ou amêndoa-de-espinho, a fruta é rica em vitaminas, fibras e minerais, que podem auxiliar no fortalecimento da imunidade, na prevenção de doenças atreladas à visão, na manutenção da saúde cardiovascular e no bom funcionamento intestinal.
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Pequi: um tesouro do Cerrado
Originário do pequizeiro, uma árvore de troncos tortuosos e folhas robustas, que pode chegar aos 12 metros de altura, o fruto possui tamanho semelhante ao de uma maçã e é revestido por uma casca verde.
No seu interior, há uma polpa comestível macia e amarela, que é separada de seu caroço por uma camada repleta de espinhos finos. Por baixo da superfície espinhosa, esconde-se uma amêndoa tão saborosa e nutritiva quanto a própria polpa.
Quais são os benefícios do pequi?
Contendo mais vitamina C do que a laranja, o pequi contribui para o fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, é uma excelente fonte de vitaminas A, E e carotenoides, o que auxilia no combate ao envelhecimento precoce e previne algumas doenças associadas à visão.
O fruto também pode ser um aliado para a saúde cardiovascular, visto que contém compostos antioxidantes e ácidos graxos essenciais para a redução de inflamações. Pela elevada presença de fibras, ele ainda pode corroborar para o bom funcionamento do sistema digestivo, prevenindo constipações intestinais, e para o controle de peso, promovendo a sensação de saciedade.
Aqui, contudo, vale um ponto de atenção: o pequi é rico em macronutrientes, entre eles as gorduras e os carboidratos. Sendo assim, o seu consumo deve ser realizado com moderação, especialmente por quem está em processo de emagrecimento.
Outro lembrete importante é que nenhum benefício é garantido e nenhum alimento, por si só, assegura uma vida saudável. Para ser benéfico, o consumo da fruta deve ser acompanhado por uma dieta balanceada e pela manutenção de uma rotina equilibrada.
Como inserir o pequi na alimentação?
Considerado muito versátil, ele pode ser consumido tanto in natura quanto em pratos típicos da culinária regional, como o arroz e o frango com pequi, que são famosos pelos sabores marcantes e aromáticos.
O pequi, que ainda pode ser preparado em conserva, é frequentemente utilizado como tempero ou como matéria-prima para a produção de licores e sorvetes. Vale destacar que essas apresentações, muitas vezes, não conservam as mesmas propriedades nutricionais da polpa crua.
Essa não é a única parte do pequi que pode ser consumida. Sua castanha também é saborosa e costuma ser ingerida in natura, torrada, com sal ou caramelizada. Além disso, ela serve para a produção de licores e o seu óleo é comumente empregado na fórmula de produtos cosméticos.
Mas, tenha cuidado…
A porção comestível do pequi está em contato direto com a camada espinhosa. Isso costuma surpreender negativamente muitos turistas desavisados que degustam o fruto pela primeira vez.
Por isso, lembre-se de consumi-lo da forma correta: roendo e não mordendo. Outra opção é dar leves dentadas na polpa, mas sempre com atenção, pois são os minúsculos espinhos que a separam do caroço.