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Reutilizar agulha de insulina coloca saúde de diabéticos em risco

Um posicionamento oficial inédito da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) apontou os perigos dessa e de outras práticas comuns

Por Ana Luísa Moraes
Atualizado em 3 out 2018, 18h35 - Publicado em 27 mar 2017, 18h07
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 (Foto: Dulla/SAÚDE é Vital)
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e os fabricantes recomendam usar a agulha para a aplicação de insulina apenas uma vez. Mas um novo relatório da SBD mostra que metade dos portadores de diabete desconsideram essa norma — alguns reutilizam cada uma até cinco vezes.

“Reaproveitadas, as agulhas perdem a fiação e sofrem alterações, com risco de quebra e bloqueio do fluxo, por causa da cristalização da insulina”, explica Carolina Mauro, Consultora Educacional da multinacional de tecnologia médica BD.

Outro problema que pode ocorrer por causa do manejo inadequado das agulhas é a lipo-hipertrofia. Esse quadro de nome complicado nada mais é do que um acúmulo de gordura na pele. Só não pense que estamos falando de uma consequência meramente estética. Quando aplicada nas regiões com esses “caroços de gordura”, a insulina demora mais para ser absorvida.

Resultado: em um primeiro momento, o paciente pode apresentar um pico de glicemia, que danifica os vasos sanguíneos e eventualmente até gera tontura. Depois, com a liberação tardia no sangue, corre o risco de entrar em um perigoso estado hipoglicêmico — nos casos mais graves, ele entra em coma.

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O documento aponta que a reutilização está relacionada a conveniência, economia, falta de material e preocupação ambiental. Ou seja, enquanto os portadores precisam se esforçar um pouco mais para seguir as orientações médicas e programar a aquisição de agulhas com antecedência, as autoridades devem resolver questões de oferta dos insumos médicos, principalmente no setor público.

O tamanho da agulha

Outra recomendação da SBD: priorizar agulhas curtas, de, no máximo, quatro milímetros em caneta injetora e seis milímetros em seringas. Elas são mais confortáveis e seguras, além de reduzirem o risco de o hormônio ser depositado indevidamente no músculo.

O relatório completo traz outras indicações e pode ser acessado aqui.

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