A osteopatia é uma prática terapêutica que utiliza técnicas manuais com o objetivo de tratar uma variedade de problemas no corpo. Criada no século 19 pelo médico estadunidense Andrew Taylor Still, a abordagem leva em conta conceitos hoje vistos como ultrapassados. E, embora seja oferecida no SUS como uma técnica integrativa, não deve substituir outros tratamentos.
No Brasil, a profissão de osteopata não é regulamentada, mas a técnica é considerada, desde 2001, uma especialidade da fisioterapia pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito). A seguir, entenda mais sobre ela.
Quando é recomendada?
O método é amplamente utilizado para aliviar dores crônicas nas costas, pernas, pescoço e ombros. Alguns estudos sugerem benefícios para pessoas com espasmos musculares, tensões causadas por má postura e dores associadas a estresse, sedentarismo e até à gravidez.
Antes de recorrer à osteopatia, porém, deve-se sempre recorrer a uma avaliação médica prévia para avaliar as possibilidades de tratamento para o seu caso. Pela falta de evidências sólidas, um método alternativo deve ser sempre complementar a outras abordagens de saúde, nunca a única forma de tratar o caso.
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Além disso, embora haja indícios de que a técnica pode ajudar com dores, não há qualquer evidência de que a osteopatia seja eficaz para aliviar outros problemas sistêmicos para os quais ela já foi recomendada no passado, como asma, depressão ou cólicas em bebês, por exemplo.
Osteopatia tem contraindicações
Pessoas com fraturas recentes, trombose, aneurismas, metástases ósseas, artrite reumatoide, osteoporose ou patologias que comprometem a medula espinhal devem evitar essa prática, pois o risco de agravamento dessas condições é elevado devido às manipulações realizadas durante as sessões de tratamento.
Essa restrição também se estende àqueles que apresentam distúrbios de coagulação, que utilizam medicamentos anticoagulantes, como a varfarina, ou que sofrem de esclerose múltipla.
Como funciona?
O tratamento osteopático é realizado por meio de técnicas manuais que incluem ajustes articulares, alongamentos e pressão em pontos específicos do corpo. Antes de iniciar as sessões, o especialista realiza uma avaliação detalhada para entender o histórico de saúde do paciente e as possíveis lesões.
Como o osteopata não prescreve medicamentos, é ideal que o tratamento seja complementado com consultas médicas, garantindo uma abordagem mais completa para cada paciente.
Embora seja considerada uma técnica segura, adequada para diferentes faixas etárias, desde crianças até idosos, é normal que os pacientes sintam desconfortos na região tratada por um curto período após as sessões.