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Novo exame de sangue da Dasa detecta risco de Alzheimer

Recém-lançado nos Estados Unidos, teste é indicado para pessoas com suspeita de demência e revela os riscos do desenvolvimento da doença

Por Abril Branded Content
Atualizado em 14 jul 2022, 11h43 - Publicado em 17 jun 2022, 10h00

Quando uma pessoa começa a apresentar sinais de comprometimento cognitivo leve ou demência, sintomas característicos da doença de Alzheimer, o médico agora tem mais uma ferramenta para auxiliar no diagnóstico, um novo exame de sangue que foi lançado nos Estados Unidos há cerca de um mês, aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), e está sendo  lançado no Brasil pela Dasa, maior rede de saúde integrada do país. Dados do Ministério da Saúde de 2020 apontam que cerca de 1,2 milhão de brasileiros tenham Alzheimer, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.1

“Ele é feito através do sangue e utiliza uma tecnologia chamada espectrometria de massas, capaz de detectar moléculas em pequenas concentrações para identificar dois tipos da proteína beta-amiloide, a 40 e a 42, que são considerados importantes biomarcadores da enfermidade”, explica o dr. Gustavo Campana, diretor médico da Dasa. “Essa análise não exclui as utilizadas antigamente e, assim como acontece na que é feita através do liquor, não funciona como um método diagnóstico, mas como uma avaliação de risco”, esclarece o médico. Além de menos invasiva, podendo substituir a avaliação do liquor, que necessita de uma punção lombar, a nova alternativa custa, em média, um terço desse teste.

Gustavo Campana, diretor médico da Dasa -
Gustavo Campana, diretor médico da Dasa – (Dasa/Divulgação)

De acordo com o neurologista dr. Caio Lima, do Hospital Santa Paula, em São Paulo, há duas formas principais da doença de Alzheimer: a de início precoce e de início tardio. A primeira acomete pacientes antes dos 65 anos de idade e, a outra, após esse período. “A forma tardia é bem mais prevalente e tende a ser mais comum em mulheres. Tem alta correlação com múltiplos genes, sendo o principal ligado a um tipo de proteína de gordura da membrana dos neurônios. Essa proteína está relacionada à herança genética, que passa de geração para geração o risco do desenvolvimento da doença de Alzheimer”, afirma.

Caio Lima, neurologista do Hospital Santa Paula -
Caio Lima, neurologista do Hospital Santa Paula – (Dasa/Divulgação)

Antes da chegada do novo teste, o exame padrão era feito com a coleta de liquor realizada por meio de uma punção na região lombar do paciente. Trata-se de um líquido produzido nas cavidades localizadas no interior do cérebro que tem como principal função formar uma barreira mecânica e imunológica para proteger o sistema nervoso central. O objetivo desse teste é estimar os níveis de placas amiloides, fragmentos de proteínas beta-amiloides que se acumulam no cérebro de pacientes com a doença, prejudicando as sinapses, ou seja, a comunicação entre os neurônios. Há ainda a possibilidade da utilização do chamado PET-CT, que utiliza imagens para avaliar a deposição dessa substância na região encefálica para complementar a avaliação.

Entretanto, a punção tem contratempos. Ela é um pouco incômoda e pode oferecer alguns efeitos colaterais, por exemplo, a cefaleia. Além disso, como a maior parte dos portadores de Alzheimer são pessoas idosas, muitas vezes apresentam contraindicações para a realização do procedimento, como o uso de medicamentos anticoagulantes, feridas na região ou alterações degenerativas da coluna. E ainda é preciso que um médico especialista execute o exame.

Tratamento

O diagnóstico precoce do Alzheimer possibilita desacelerar a progressão dos sintomas e garante mais controle sobre eles, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente e à família. Apesar de ainda não haver cura, a doença possui inúmeros tratamentos medicamentosos e não farmacológicos. O cuidado multidisciplinar também é fundamental: alimentação saudável, controle de comorbidades, exercício físico, fisioterapia, fonoterapia, terapia ocupacional e reabilitação cognitiva. “Além de colaborar com o diagnóstico precoce, esse biomarcador que estamos utilizando pode ser muito promissor em pesquisas clínicas para o desenvolvimento de tratamentos para o Alzheimer”, diz o dr. Gustavo Campana. Essa notícia vem em boa hora, especialmente porque as estimativas indicam que o número de pacientes com esse quadro quase triplicará até 2050.2

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Por essa razão, ficar bem atento aos possíveis sintomas – que no início costumam ser mais discretos e podem ser confundidos com outras doenças – e conhecer os fatores de risco é importante. “Eles envolvem especialmente doenças cardiovasculares, pressão alta, tabagismo, obesidade e sedentarismo e precisam ser combatidos para ajudar a postergar a evolução do quadro”, conta o dr. Arthur Jatobá, neurologista especialista em Alzheimer do Hospital Brasília, no Distrito Federal.

Arthur Jatobá, neurologista especialista em Alzheimer do Hospital Brasília -
Arthur Jatobá, neurologista especialista em Alzheimer do Hospital Brasília – (Dasa/Divulgação)

“A doença de Alzheimer é extremamente prevalente e tem previsão de aumentar com o envelhecimento da população brasileira. Enquanto pesquisas avançam em terapia genética e na possibilidade da cura da doença, hoje o melhor tratamento é a prevenção. Ter hábitos de vida saudáveis, alimentação rica em frutas, evitar excessos em açúcares e gorduras, controlar o diabetes e a pressão alta, ter uma boa rotina de sono e fazer exercícios físicos regulares são alguns exemplos de como contornar a doença. Hoje, a prática de exercício é a forma mais estudada de prevenção do Alzheimer. Além disso, a educação de qualidade cria em nós uma reserva cognitiva capaz de atrasar o desenvolvimento da doença. Ou seja, exercitar o corpo e a mente é, atualmente, a melhor forma de se prevenir”, recomenda o neurologista dr. Caio Lima, do Hospital Santa Paula.

O novo teste para risco de Alzheimer já está disponível nos laboratórios de medicina diagnóstica da Dasa, como Alta Excelência Diagnóstica (SP e RJ), Delboni Auriemo (SP), Lavoisier (SP), Bronstein (RJ), Salomão Zoppi (SP), Exame (DF), Frischmann Aisengart (PR), Sérgio Franco (RJ), Lâmina (RJ), Cerpe (PE), Cedic/Cedilab (MT), Image (BA), Leme (BA), entre outros.

  1. https://bvsms.saude.gov.br/21-9-dia-mundial-da-doenca-de-alzheimer-e-dia-nacional-de-conscientizacao-da-doenca-de-alzheimer/.
  2. https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-09/oms-demencia-devera-afetar-139-milhoes-de-pessoas-em-2050.

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