Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Na saúde, as aparências podem, sim, enganar

Na edição de agosto, um olhar crítico sobre a busca desenfreada e a falta de critérios e regulamentações no mundo dos procedimentos estéticos

Por Diogo Sponchiato
18 ago 2023, 14h20

É compreensível e legítimo que o ser humano queira se ver mais bonito e procure artifícios para moldar-se ao que, no seu imaginário, representa um ideal de beleza.

Do ponto de vista evolutivo, adornar o corpo foi receita de sucesso em termos de reprodução e ascensão social. E, convenhamos, parte desses pressupostos segue vivíssima.

Mais recentemente, do ponto de vista histórico, a concepção e a valorização da autoestima — alimentada por aquilo que encaramos no espelho e, hoje, nas mídias sociais —, estimularam a vontade (ou necessidade) de estar e se sentir bonito como uma das rotas inescapáveis para se realizar pessoalmente.

Há tempos o belo também mantém íntima relação com o que é considerado certo e louvável, fazendo com que ética e estética deem as mãos — e talvez um exemplo simples e corriqueiro desse entrelaçamento seja a forma com que repudiamos uma criança quando ela comete algo errado: “Que feio!”

No entanto, a busca desenfreada por atingir um padrão de beleza — algo que um dia foi propagado por pinturas e esculturas, migrou para capas de revista e programas de TV e atualmente nada de braçada nos mares da internet — tem desgovernado o equilíbrio físico e mental de candidatos e candidatas a uma transformação facial ou corporal.

Continua após a publicidade

A demanda por procedimentos estéticos cresce e, nesse frenesi, decolam também queixas e intercorrências provocadas por intervenções malfeitas, tocadas por pessoas sem a devida habilitação ou mesmo descoladas de regulamentação ou embasamento científico.

A coisa fica feia, como comprovam relatos e fotos compartilhadas pelas redes sociais e a procura de médicos para remediar reações adversas e sequelas de técnicas executadas de forma inadequada.

No fim, o sonho se torna pesadelo visual e, não raro, compromete irreversivelmente a saúde. Daí o alerta da reportagem de capa da jornalista Ingrid Luisa.

Especialistas se preocupam com uma avalanche de problemas causados por procedimentos que vão de aplicações tresloucadas de ácido hialurônico a técnicas mais invasivas performadas por gente sem qualificação.

Continua após a publicidade

Preocupam-se também com a venda indiscriminada de falácias como chip ou soro da beleza. Uma explosão de tratamentos que carecem de evidência e regulação ou até funcionam e são seguros, desde que a indicação e a administração estejam a cargo de quem estudou e treinou para tanto.

Em tempos de alta exposição e padrões cultuados na febre das redes, cabe rever o que é, de fato, bonito, e se blindar do que pode maltratar o corpo por fora e por dentro.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.