Funkeiro que fez sucesso nos anos 2000 morre de síndrome de Fournier; entenda doença
Infecção bacteriana que matou Leandro Abusado é rara, mas pode levar a uma rápida necrose dos tecidos. Problema começa na região do períneo

O funkeiro Leandro Rogério, mais conhecido como Leandro Abusado, faleceu na segunda-feira (28) por complicações de um quadro de síndrome de Fournier.
Conhecido pelo hit “Aqui no baile do Egito”, sucesso do início dos anos 2000 em parceria com a cantora Maya, Leandro tinha 40 anos e havia compartilhado o diagnóstico pela primeira vez em março, quando passou duas semanas internado.
O que é a síndrome de Fournier
A síndrome de Fournier é uma infecção bacteriana rara que acomete os tecidos moles da região do períneo, localizada entre a genitália e o ânus. Em geral, ela ocorre quando bactérias penetram essa parte do corpo na sequência de um trauma.
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O quadro, porém, também pode ocorrer como complicação de outros problemas de saúde, como infecções urinárias ou diabetes, além do uso de sondas, entre outras possibilidades. A bactéria pode se espalhar rapidamente, levando a necroses dos tecidos.
A infecção costuma ser identificada pela primeira vez com o aparecimento de uma dor súbita e intensa na região genital, que pode vir acompanhada de inchaço. Foi o que aconteceu com Leandro em março, quando descobriu o problema.
“Minhas partes íntimas começaram a inchar, eu não sabia o que era”, relatou o funkeiro em um vídeo nas redes sociais, à época. “Fui ao hospital e já estava com algumas partes necrosadas”, contou.
Tratamento e complicações da doença
Sem o tratamento adequado, a infecção progride para outras partes do corpo e pode matar.
As abordagens para lidar com a síndrome de Fournier costumam envolver o uso de antibióticos para eliminar as bactérias, além da remoção cirúrgica dos tecidos necrosados e áreas aparentemente saudáveis ao redor.
A recomendação dos médicos é buscar ajuda profissional imediatamente em caso de qualquer inchaço ou dor súbita na região genital ou partes vizinhas, pois o sucesso do tratamento depende muito do momento em que ele é iniciado e de quanto a doença já avançou.
Quanto mais tarde a pessoa busca ajuda médica, pior o prognóstico: as bactérias podem já ter chegado a lugares mais distantes, que nem sempre são identificados em um primeiro momento, levando a complicações que podem persistir por meses, como no caso de Leandro.