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É preciso vacinar-se todo ano contra gripe

Entenda por que a imunização contra diferentes subtipos do vírus Influenza precisa ser renovada mesmo por quem tomou a vacina em 2021

Por Abril Branded Content
Atualizado em 27 jun 2022, 10h48 - Publicado em 20 Maio 2022, 12h53
Dasa
 (Dasa/Divulgação)
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Depois de quase dois anos de preocupação e cuidados para se proteger das diferentes ondas de transmissão da Covid-19, no final de 2021 o Brasil foi surpreendido por mais uma ameaça de infecção respiratória: a disparada fora de hora, em pleno verão, de casos de gripe. “A pouca circulação do Influenza durante a pandemia fez com que a população tenha tido pouco contato com esse vírus. Então, quando ele foi introduzido no país, provavelmente trazido por algum viajante vindo do hemisfério norte, encontrou terreno fértil para se disseminar”, explica o dr. Alberto Chebabo, infectologista da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil.

Alberto Chebabo, infectologista da Dasa
Alberto Chebabo, infectologista da Dasa (DASA/Divulgação)

Para o especialista, que é também presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o problema poderia ter sido revertido se o país tivesse alcançado uma boa cobertura vacinal contra o vírus Influenza, o que não aconteceu. De acordo com dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúde, a campanha de vacinação contra a gripe, realizada entre abril e setembro de 2021, imunizou menos de 40 milhões de pessoas dos grupos prioritários – entre elas crianças, gestantes, mulheres no pós-parto e idosos –, quando o esperado era chegar a mais de 55 milhões de doses administradas.1 Isso significa que, em nenhuma das populações consideradas de maior risco de apresentar quadros graves de gripe, se alcançou a meta de imunização, que é de 90%.

Não por acaso, vimos no final de 2021 e início de 2022 uma onda de pacientes em hospitais e postos de saúde com febre alta e dores musculares, de garganta e de cabeça, além de tosse seca. “As pessoas tendem a achar que a influenza não é uma doença séria, mas ela tem, sim, potencial para evoluir com gravidade”, alerta o dr. Chebabo. “Ela debilita e pode levar a internações e óbitos, sobretudo entre idosos, crianças muito pequenas, gestantes e pacientes com comorbidades”, pondera.

A proteção que vem das vacinas

Com eficácia de 60% a 70% contra quadros graves, a vacinação é a principal forma de se proteger da gripe. “Na Dasa, temos o foco em predição e prevenção. Hoje somos a empresa privada que mais vacina no Brasil, sempre ampliando o nosso portfólio e trazendo o que há de mais novo para garantir saúde para os brasileiros”, conta o dr. Gustavo Campana, diretor médico da empresa.

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Dasa
Gustavo Campana, diretor médico da Dasa Dasa/Divulgação (Dasa/Divulgação)

Nesse contexto, em abril de 2022, a Dasa lançou a campanha “A gripe se atualiza. A nossa vacina da gripe também”, um chamado à necessidade de renovar a imunização contra a influenza todos os anos. Quadrivalente, a vacina disponibilizada pela rede já contempla a variante Darwin da cepa H3N2, que tem circulado com força e é indicada para todas as pessoas a partir dos 6 meses de idade.

Proteção renovada todo ano

“A imunidade conferida pela vacina contra a influenza é de cerca de seis a oito meses”, esclarece o dr. Alberto Chebabo. Daí a importância de receber a dose anualmente. Isso sem contar a necessidade de atualização do imunizante, uma vez que mudam também os subtipos do vírus circulante.

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Em diversos países, inclusive no Brasil, são estabelecidas as chamadas unidades sentinelas, instituições de saúde que monitoram os casos de infecções respiratórias, coletando e enviando material para análise a fim de detectar quais são os vírus Influenza encontrados no período. Essas informações norteiam a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a composição da vacina ano a ano, atualizando as cepas mais circulantes, tanto no hemisfério norte quanto no sul.

Tecnologia por trás das vacinas

Para aqueles que ainda sentem receio de receber as doses, o dr. Gustavo Campana reafirma que a vacina da gripe não causa a doença: “Modelos clássicos de produção de vacina foram evoluindo com as tecnologias. As primeiras gerações, baseadas em vírus inativados, já têm décadas de utilização com segurança e eficácia”. Uma das explicações para o equívoco é que, ao tomar a dose, a pessoa pode estar com o vírus incubado no organismo. Como a vacina precisa de um intervalo de cerca de 15 dias para montar a resposta imune adequada, nesse intervalo de tempo o vírus pode “ganhar a briga” e a gripe se manifesta.

Hoje, no panorama do desenvolvimento de vacinas, entraram em cena os imunizantes de subunidades, e não mais de vírus inteiros. “Eles usam partículas proteicas semelhantes aos vírus para garantir a resposta imunológica”, descreve o dr. Campana. Mais recentemente, a tecnologia evoluiu para as vacinas de vetores virais, nas quais se utiliza um vírus incapaz de gerar a doença para levar as informações genéticas do patógeno causador de infecções para o organismo, de forma a estimular o sistema imune.

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Durante a pandemia de Covid-19, conhecemos também as novíssimas vacinas de mRNA, ou RNA mensageiro, que introduzem sequências do genoma do vírus no organismo para gerar uma resposta imunológica.

“Seja qual for a plataforma dos imunizantes, todos agem para estimular o organismo a responder ao ataque do vírus ou da bactéria”, diz a infectologista dra. Maria Isabel de Moraes-Pinto, consultora de vacinas da Dasa. “É como se dissessem ao sistema imune: ‘se encontrar alguma coisa parecida com isto, é preciso combater’”, exemplifica. “A vacina da gripe é feita com o vírus inativado, portanto é indicada para todos, inclusive pessoas com imunodeficiência, que têm mais chance de desenvolver complicações da doença”, completa.

Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectologista e consultora de vacinas da Dasa
Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectologista e consultora de vacinas da Dasa (DASA/Divulgação)

O dr. Gustavo Campana destaca ainda que hoje o processo de aplicação da vacina é padronizado e rastreável, proporcionando uma visão de gestão de lotes, com mapeamento das condições de armazenamento. “As equipes são treinadas para aplicação e há todo um acompanhamento de eventuais eventos adversos”, diz.

Derrubando mitos e ampliando a cobertura

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“O foco do setor privado é oferecer complementaridade ao programa de imunização do governo”, ressalta o dr. Campana. A ideia, portanto, é ampliar a cobertura do que é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo maior proteção coletiva.

Na Dasa, além de estarem disponíveis nas unidades laboratoriais, as vacinas podem ser aplicadas via serviço móvel. “Temos também um programa de vacinação nas empresas, locais onde se costuma atingir coberturas maiores do que as médias nacionais”, informa o dr. Campana. “A alta taxa de vacinação promovida pelo ambiente corporativo traz benefícios não apenas para as companhias, que não perdem produtividade com a ausência de colaboradores por causa da gripe. Ganha a sociedade como um todo, ajudando a desafogar a saúde pública. Além disso, há um componente psicológico: a mobilização corporativa estimula a aceitação da vacina”, lembra.

De acordo com os especialistas, reações adversas, como dor local, mal-estar ou febre, são comuns e não devem preocupar: “Essas reações não significam que a pessoa está infectada. Ela está inflamada, ou seja, seu sistema imunológico está reconhecendo aqueles pedacinhos de vírus e dando uma resposta”, observa a dra. Maria Isabel. E, ainda que a gripe dê as caras, estar vacinado reduz os riscos de a doença evoluir com complicações. “A única contraindicação da vacina contra a influenza é para pessoas que têm alergia a algum de seus componentes ou aquelas que apresentaram fenômenos alérgicos graves numa dose anterior”, afirma a médica.

O recado, portanto, é: não se arrisque. O momento ideal para receber a vacina é nos meses que antecedem o inverno. Para quem, por algum motivo, não se imunizar nesse período, a recomendação é procurar o imunizante em qualquer época do ano. “Precisamos trabalhar para vencer o gap que tem deixado a desejar na proteção das vacinas em geral”, conclui o dr. Campana.

1 https://butantan.gov.br/noticias/baixa-cobertura-da-vacina-da-gripe-em-2021-e-desinformacao-influenciaram-o-surto-no-brasil

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